Ano começou violento no trânsito da cidade e chama a atenção a gravidade das vítimas
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
Em 64 dias de 2012, pode-se dizer que a "bruxa está à solta" no trânsito de Votuporanga. Foram quatro mortes em ruas e avenidas da cidade e até a tarde de ontem, duas pessoas permaneciam internadas em estado grave na UTI - Unidade de Tratamento Intensivo - da Santa Casa local. Em comum, todos os acidentes que vitimaram estas pessoas tiveram o envolvimento de motocicletas.
Dos seis casos mais graves, dois foram atropelamentos, dois quedas acidentais e também duas colisões. Nesta semana, chamou a atenção o acidente envolvendo o jovem Iuri João Pache, de 22 anos de idade, na noite da última quarta-feira (29).
Iuri, conhecidos pelos amigos como "Bob", era passageiro de uma motocicleta Honda CG 150 Fan, de cor cinza, ano 2010, que era conduzida pelo instrutor de auto escola Ricardo Lourenço de Vergílio, de 33 anos. Segundo o boletim de ocorrência, eles seguiam pela rua São Paulo, no sentido bairro/centro, quando no cruzamento com a rua Tietê, tiveram a trajetória interceptada por um automóvel VW Golf, de cor azul, ano 2003, que era conduzido pelo torneiro mecânico Renan Roubert Sanchez, de 23 anos, que teria avançado sobre o sinal de parada obrigatória, causando a colisão.
Desde o momento do impacto até a tarde de ontem, o jovem permanecia internado respirando com a ajuda de aparelhos. O estado de saúde do jovem, que é fan de "rock", rendeu diversas manifestações de apoio à recuperação dele e de cobranças às autoridades locais, sobre a situação de imprudência no trânsito votuporanguense.
Drama semelhante vive os amigos e familiares do servidor público Júlio César Martins Pinheiro, de 37 anos, morador no Jardim Bom Clima, vítima de queda de motocicleta na avenida João Gonçalves Leite (do Assary), no dia 13 deste mês, que segue internado na UTI da Santa Casa de Votuporanga, mas com estado de saúde considerado estável.
Júlio sofreu um misterioso acidente de motocicleta registrado por volta das 21h daquele dia, uma segunda-feira. A vítima foi encontrada ferida, caída ao chão, perto da motocicleta que conduzia. Existe a suspeita de que um outro veículo tenha causado o acidente e deixado o local, sem prestar socorro.
Vítimas fatais
Apenas em janeiro e fevereiro, Votuporanga registrou quatro mortes em suas ruas e avenidas. Duas delas, porém, não estavam em veículo algum, mas caminhavam tranquilamente em bairros residenciais da cidade quando foram atropeladas.
No dia 28 de janeiro, o lavrador Cícero Ferreira, de 59 anos, morador na rua Missao Otuki, na Chácara Aviação morreu devido a graves ferimentos sofridos após ser atingido por uma motocicleta de grande porte em alta velocidade, quando tentava atravessar a rua Padre Izidoro Cordeiro Paranhos, na Vila América. Segundo familiares, ele estava a caminho de um açougue quando foi atingido. O outro pedestre vítima desta estatística foi o lavrador Leontino Francisco, de 55 anos de idade, que perdeu a vida após ser atropelado por uma motoneta na rua Alvim Algarve, no bairro Estação no dia 11 de fevereiro.
Morte no muro e colisão
No dia 26 de janeiro, o jovem Reinaldo Florêncio Pereira, de 26 anos, morador na zona rural, não resistiu à gravidade dos ferimentos sofridos ao bater a motocicleta que conduzia em um automóvel no cruzamento da avenida República do Líbano com a rua Evangelina Dutra Prado de Oliveira, que liga ao Jardim dos Pinheiros. Segundo a polícia, a vítima não possuía habilitação para dirigir.
Já a última morte registrada na cidade ocorreu na terça-feira de Carnaval. Dagoberto Júnior do Nascimento Lau, de 17 anos, bateu violentamente a motocicleta que conduzia contra o muro de uma casa, no cruzamento da avenida Conde Francisco Matarazzo com a rua Germano Robach. Dagoberto teria se assustado ao perceber a aproximação de uma viatura e ao efetuar uma curva, perdeu o controle do veículo e bateu violentamente.