Jociano Garofolo
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A Polícia Civil de Votuporanga abriu inquérito para apurar o caso de lesão corporal que deixou José Carlos Padoã, de 49 anos, com hemorragia cerebral e fraturas no crânio, durante uma briga no último domingo, no campo de futebol do bairro rural do barreiro. O delegado responsável pelo caso já começou a ouvir testemunhas e as partes envolvidas e não descarta a possibilidade do caso ser tratado como tentativa de homicídio.
Ademir de Souza Cabeço, que responde pelo Segundo Distrito Policial, da Zona Norte, disse ontem ao jornal A Cidade que os autores da agressão já foram identificados e que o pai do rapaz que teria aplicado o chute prestou depoimento no dia após os acontecimentos, ou seja, na última segunda-feira. "Ele se apresentou no dia seguinte e disse que tudo ocorreu durante uma briga de jogo, quando já se preparava para ir embora, tentando tirar o filho do local", afirmou o delegado.
Segundo a versão apresentada, o pai do agressor era quem apitava a partida entre o time do Barreiro e o do São Cosme. Em determinado momento, o filho do homem agredido teria sido expulso de campo, durante um lance do jogo. Nervoso com o cartão vermelho, o rapaz teria ofendido o juiz, fato que gerou confusão entre ele e o filho do árbitro. E foi justamente na confusão gerada por esse fato que José Carlos Padoã levou o chute na cabeça.
O delegado Ademir afirmou que está identificando as testemunhas e que nos próximos dias, vai tomar novos depoimentos para apurar o caso. De acordo com as informações a serem obtidas, e após apurar a real gravidade das lesões sofridas pela vítima, existe uma grande possibilidade do caso ser investigado não apenas como lesão corporal grave ou gravíssima, mas como tentativa de homicídio ou homicídio consumado, caso haja óbito. "Tudo vai depender das informações que serão apuradas nos próximos dias", explicou o delegado Ademir Cabeço.
Ainda de acordo com o responsável pela investigação, se for situação de lesão corporal grave ou gravíssima, a pena pode variar de um a cinco anos, ou de um a oito anos de prisão. Já se houver a comprovação de se tratar de tentativa de homicídio, a pena ao autor pode variar de quatro a 12 anos de prisão.
José Carlos Padoã continua internado em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital de Base de São José do Rio Preto.