Jociano Garofolo

O ano começou mesmo violento no trânsito de Votuporanga, que registrou a segunda morte no mês e em menos de uma semana. O lavrador Cícero Ferreira, de 59 anos, morador na rua Missao Otuki, na Chácara Aviação morreu devido a graves ferimentos sofridos após ser atingido por uma motocicleta em alta velocidade, quando tentava atravessar a rua Padre Izidoro Cordeiro Paranhos, na Vila América. A fatalidade ocorreu por volta das 22h50 da noite de sábado.

De acordo com informações apuradas no boletim de ocorrência, registrado no Plantão Policial, e também no local do acidente, pela equipe do Jornal A Cidade, a vítima chegou a ser atendida pela equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levada com vida ao Pronto Socorro da Santa Casa de Votuporanga. Porém, de acordo com a assessoria de comunicação do hospital, Cícero não resistiu à gravidade das lesões e morreu por volta das 10h40 deste domingo.

Segundo testemunhas que estavam em um bar, em frente ao local do acidente e que presenciaram toda a cena, Cícero estava acabando de atravessar a rua, quando foi violentamente atingido por uma motocicleta Honda NX Falcon, ano 2005, de cor verde, que vinha em alta velocidade. O veículo era conduzido pelo montador Maykon Junior Garcia, de 24 anos, morador no Residencial Sonho Meu, que seguia pela rua Padre Izidoro, no sentido preferencial.

Com o impacto, a vítima foi lançada ao ar, passou por cima de um automóvel que estava estacionado e caiu ferida na calçada de uma casa. Já a motocicleta foi parar a cerca de trinta metros do local do atropelamento, deixando também o motociclista ferido. Após o acidente, Maykon foi socorrido pela unidade de resgate do corpo de bombeiros, e também levado à Santa Casa.

A Polícia Militar constatou que a motocicleta estava com a documentação vencida, portanto, não deveria estar em circulação. O veículo foi recolhido pelos policiais militares ao guincho Mazzon. Vizinhos do local do acidente ficaram revoltados com a situação, pois segundo eles, lá existe uma lombada, que não serviu para diminuir a velocidade da motocicleta.

O boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal em acidente de trânsito, mas com a morte da vítima, cabe à Polícia Civil investigar se o fato deve ser tratado como homicídio.