Integrante da torcida organizada fala sobre proibições e adequações pedidas pela Polícia
A Torcida Uniformizada Raça Alvinegra, por meio de um de seus integrantes, Walter Rugno Moretti, enviou ontem pela manhã ao jornal A Cidade um manifesto sobre proibições e adequações pedidas recentemente pela Polícia Militar e mais recentemente pela Federação Paulista, que proibiram a entrada no Plínio Marin com batuques e fogos de artifício, e também com camisetas da organizada. Confira na íntegra:
"Caros amigos do Jornal e Rádio Cidade: Não sou homem de palavras bonitas e nem moralista!Mas vem acontecendo coisas em nossa cidade que a gente, que ama o futebol, indignados! Certas atitudes do Poder Policial fere a nós votuporanguenses, de corpo e alma. Tenho 66 anos em Votuporanga e alguém pode empatar comigo neste amor, mas não ganhar de mim. Acho um absurdo o que vem fazendo com a Tura, uma torcida de respeito e de gente humilde, proibida de entrar no estádio Plínio Marin, com instrumentos, faixas, jogos de artifício e com a camisetas que identificam a Tura e ainda banir por cinco meses os 10 integrantes do batuque da Tura, sem poderem assistir os jogos do CAV! Eu também faço parte da Tura. Fui em todos os jogos do CAV, dentro e fora da cidade. E eu, melhor do que ninguém, nunca vi e nem vejo alguma coisa que possa banir a Tura, pois se algum integrante desacatou alguma autoridade policial, algum motivo ele tem.
Será que não foi abuso de autoridade? Eu vi a AAV nascer e vi morrer! Eu o CAV nascer, mas não quero ver morrer! Por isso, peço encarecidamente para as autoridades que hoje representam a minha querida TERRA, que possam tomar alguma atitude em favor do nosso futebol. Pois sem torcida, nós também vamos ver o fim do CAV. Será que é isso que eles querem? A Tura só fez festa aonde passou, me apontem alguma algazarra dentro e fora do Plínio Marin.
A Tura é composta por homens, mulheres e crianças que vão ao estádio onde o CAV estiver, pois são gente como nós, humildes e trabalhadores e não marginais, para serem banidos do estádio. Que essas autoridades façam um levantamento certo desses torcedores para depois tratar-los como marginais. Espero, o mais breve possível, essa retratação em favor da Tura. Pois nosso time não merece o que vem acontecendo, ou será que tem alguém contra?
A Tura não é um mensalão! Mas sim uma diversão em nossa grande cidade Votuporanga, que é o município das brisas suaves e não da violência! Pra quê gerar mais guerra contra nossa própria cidade, nosso povo, nossos irmãos de luta? Me dê esse direito de viver, na minha cidade, em paz e de ver o CAV subir com a Tura. Espero que o prefeito Junior Marão, o deputado estadual Carlão, o deputado federal Dado façam alguma coisa e mostrem que estão do lado do povão, ou melhor, dos menos favorecidos".