Não faz muitos dias que escrevi o seguinte num artigo sobre as Santas Casas: ”Até este momento, por ser presidente do Conselho de nossa Santa Casa tenho sido comedido nos comentários, porém, já a partir da próxima quarta-feira estarei fora do cargo, em obediência ao que dispõe o Estatuto. Democracia é isso aí, chegou a hora de pegar o boné do cargo e permitir espaço para outro. A partir daí, sem a preocupação de ferir os anseios do hospital, poderei estar mais contundente no assunto saúde. Não concordei nunca com a desculpa de alguns pilotos de escrivaninha de que falta gestão aos hospitais, pois, qualquer administrador de capacidade mediana sabe que isso é fácil de resolver através de auditorias e fiscalizações, pelos órgãos competentes. Não é possível que aqueles que agem com decência e transparência, a exemplo dos oito competentes diretores gratuitos de nosso hospital, paguem pelos “incautos”. Portanto, gestão mesmo acho que está faltando a esses tais de órgãos competentes. Se muitas pessoas pensarem sem sectarismo, vão verificar que não estou errado. Depende do entendimento de cada um e que, se não for “adoidado e corporativista”, merece o nosso respeito”.
Muito bem já estou fora da presidência, mas nem por isso deixo de me preocupar com o que pode acontecer com os hospitais filantrópicos, únicos lugares, por esse Brasil afora, onde os menos aquinhoados podem se socorrer quando a saúde fica debilitada. A luta pela Tabela SUS não pode parar, pois é justa e humanitária.
Concordo plenamente com os comentários inseridos em artigos do Sr. Alcides Silva, e, também, o do Senador Aloysio Nunes, publicados ontem neste jornal. Apenas devemos esperar e torcer para que as autoridades responsáveis se sensibilizem com o problema, caso contrário, essa será uma tragédia previamente anunciada, ou seja, o caos vai se instalar na saúde pública. Peço a Deus que ilumine os responsáveis.
Enquanto isso, vivendo em uma cidade pujante, dotada de um povo solidário e educado, procuremos superar os fatos e noticiários que ocorreram nos últimos dias e, sempre respeitando, no mínimo, as famílias das pessoas que enfrentam as dificuldades noticiadas. Jamais devemos dar corda a língua daqueles que desejam o pior para outros seres humanos, estejam eles errados ou não. Votuporanga é uma cidade construída na solides do trabalho e com uma união comunitária das mais exemplares. Aqui cabe um pensamento de Confúcio: “Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você o encara é que faz a diferença”. Continuemos otimistas, façamos a diferença.
E. aproveitando o espaço, fiquei feliz por ver que o João Carlos, no Anote Ai, encheu a bola do Roberto Holanda, assessor do Dado. O moço merece. Sorte do Dado por ter mais um assim.
Também no Anote Aí, de algum dia desta semana, saiu que o Carlão está trabalhando para que seja criada uma nova região administrativa, a Região dos Grandes Lagos. Não achei nada estranho, mesmo porque, ao acompanhar nosso deputado estadual pela região, já sabia de seu esforço pela melhoria e valorização da mesma. Carlão está sendo coerente com os compromissos assumidos e com os discursos de sua campanha. Portanto, meus amigos, otimismo e bola pra frente não fazem mal para time ganhador.
E, que venham os novos diretores da Santa Casa, futuros carregadores desse “pesado, humano e lindo piano”. Votuporanga é assim, não para, e lembrando Confúcio: :” Não importa que você vá devagar, contanto que você não pare”. E, vejam bem, não estamos indo devagar.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados