Já se passaram doze anos desde que estou escrevendo aqui no Jornal A Cidade. Muitos assuntos foram comentados, cada um em seu momento. Mas, felizmente, a vida continua e nos proporciona ir convivendo com o contemporâneo, mesmo que não concordemos com muito do que assistimos e ouvimos.
Por isso, sempre é bom lembrar que já fomos jovens, que em nosso tempo de sonhos e projetos para o futuro, também, nos sentíamos audaciosos e, às vezes intempestivos. O país era outro com uma população bem menor, o mundo saindo de conflitos armados e convivendo. Na época, com regimes utópicos que muitos de nos já sentíamos que não eram bons para seus povos. Quantas gerações, em alguns países, não foram sufocadas pela “maluquice” de alguns líderes insensatos? Sufocaram famílias e ceifaram a juventude de muitos.
Ser jovem, com uma boa base familiar e de ensinamentos sensatos, é um momento da vida em que a visão da “estrada da vida” alcança muito a frente. Fica fácil pensar e imaginar o que se pode fazer. Ser jovem é, na maioria das vezes, com dinheiro no bolso ou não, um momento de sorrisos fáceis e de grandes alegrias.
Sempre dou descontos aos arroubos da juventude, desde claro, que não prejudiquem ninguém. Gosto de incentivá-los em seus bons pensamentos, respeito-os no tempo em que vivem e tem suas personalidades sendo formadas.
Quando vejo o que está acontecendo em nosso país e em boa parte deste mundão e, ao mesmo tempo, observo o comportamento das crianças, adolescentes e jovens atuais, minhas esperanças de que momentos melhores virão se revigoram. Prestem atenção, a “molecada”(no melhor dos sentidos), que já esta aí, já demonstra que possuem novas maneiras de pensar. Com isso, penso que a humanidade poderá subir patamares no entendimento comunitário e no próprio relacionamento. É possível que os nossos meninos e meninas, ao ficarem adultos, assumindo posições de comando, façam um mundo mais bonito.
Semana passada, fui presenciar a inauguração de uma nova escola, um centro de preparação intelectual e profissional para a garotada. Não fiquei até o final, porém, o jovem prefeito Juninho, em uma ligação telefônica, me contou entusiasmado que a Escola será maior ainda, com novos e fortes investimentos. Que bom saber disto, e que formidável noticia para nossa querida cidade!
Para aqueles, como eu, que já viram e conviveram décadas por aqui, fica fácil imaginar como será nossa cidade no futuro com centros de formação tecnológicas, com uma Fundação Educacional exemplar, com uma Faculdade de Medicina, iniciando seus trabalhos, procurando atingir importantes índices de qualidade e, se Deus Quiser, formando médicos capacitados e que sejam excelentes cidadãos. Pena que eu não tenha “garantia de produto” para ver as próximas décadas, mas quem estiver por aqui vai ter essa satisfação.
Por isso mesmo, meus caros e ilustres leitores, voltando aos jovens atuais, esperemos que eles sejam como a Páscoa, uma linda passagem. Que promovam a passagem da comunidade e, se possível, da própria humanidade, para épocas de maior igualdade, educação e respeito aos semelhantes.
Feliz Páscoa.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal