Este é o 5º caso registrado na cidade neste ano pela Vigilância Epidemiológica; a Vigilância em Saúde acompanha o caso
Em 2017 foram coletadas 2.072 amostras de sangue de cães, sendo 232 positivo (Foto: Reprodução)
Da Redação
A Secretaria Municipal da Saúde confirmou nesta semana mais um caso de leishmaniose em Votuporanga. Dessa vez, a doença foi registrada em uma criança de três anos, no dia 16 de agosto, moradora do Parque Guarani. A Vigilância Epidemiológica foi notificada e a Vigilância em Saúde acompanha o caso.
A pasta informou que a partir da notificação deste caso, as ações de bloqueio no entorno da área já foram iniciadas, com o manejo ambiental, pulverização e coleta do sangue dos cães do entorno.
Dados
Segundo dados da Secretaria da Saúde, em 2016, o município registrou um caso de leishmaniose visceral, e neste ano, até o momento foram quatro confirmações e uma delas evoluiu a óbito em 10/03/2017 por causa da associação com outras patologias já apresentadas pelo paciente.
“Dois casos humanos de leishmaniose tegumentar americana (cutânea) foram registrados este ano e, ainda em decorrência de outros problemas de saúde associados ao histórico do paciente, um deles foi a óbito no dia 18/04/2017. Estes foram os primeiros casos apresentados no município na forma tegumentar da doença”, explicou a pasta.
No ano passado, 2.516 cães foram notificados, sendo 255 diagnosticados com leishmaniose visceral. Em 2017 foram coletadas 2.072 amostras de sangue de cães, sendo 232 com diagnóstico positivo.
Orientações e Ações
Além da coleta de rotina do sangue dos animais, a pasta afirma que atende notificações para coleta de sangue, orienta a população sobre o manejo ambiental, realiza castrações, a pulverização de imóveis e, por fim, a eutanásia. “Todas essas ações planejadas pela Secretaria da Saúde no controle da proliferação do mosquito palha são criteriosamente aplicadas em conformidade com protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde”, afirmou a Secretaria da Saúde.
O órgão orientou que o proprietário do animal deve tomar diversos cuidados para prevenir que seu cão e sua família mantenham-se livre da doença, como por exemplo, não soltar o animal para passear sozinho; manter casa e quintal sempre livre de materiais orgânicos; não criar galinhas e porcos em área urbana; recolher constantemente frutas, folhas de árvores, fezes de animais e restos de madeira – pois esses materiais acumulam umidade e favorecem a criação do mosquito transmissor; embalar e recolher o lixo corretamente.
Prevenção
Para conter o avanço da doença no município, a Prefeitura de Votuporanga por meio da Secretaria da Saúde desenvolve as ações em vigilância em conjunto com as Vigilâncias Epidemiológica, Ambiental e Sanitária, como treinamentos para os profissionais do serviço de saúde; monitoramento dos casos dos casos humanos e animais; monitoramento do estado de saúde casos em Humanos, diagnóstico e tratamento, com medicação, recebido pela Secretaria do ESTADO – GVE; manejo ambiental e limpeza de quintais; visitas mensais pelos agentes de saúde e endemias; inquérito canino, com as coletas de sangue dos animais; pulverização das residências, nos casos positivos para humano; coleta e transporte de exames nos cães, realizados no IAL/RIO PRETO.
Programa Encoleiramento
Questionada sobre o Programa de Encoleiramento Contra a Leishmaniose, a Secretaria da Saúde informou que ele foi executado em Votuporanga entre 2014 e 2015 à convite do Ministério da Saúde com as parcerias da Secretaria Municipal de Saúde, IAL (Instituto Adolfo Lutz) e Unifev. “O governo federal convidou o município a participar do Programa por um período pré-determinado de dois anos. Foram ofertadas coleiras suficientes para a realização de quatro etapas da ação”, explicou a pasta.