Ação reforça a vacinação de pessoas não vacinadas; objetivo é reduzir a transmissão da caxumba no município
Na próxima semana, entre os dias 4 e 7 de abril, a Secretaria Municipal da Saúde mobiliza as equipes para uma campanha que intensificará a vacina contra a caxumba, que protege por meio da tríplice viral. Das 7h às 17h, os profissionais das unidades de saúde de Votuporanga estarão preparados para avaliar a situação vacinal dos pacientes, e se necessário, vaciná-los. As doses viabilizadas gratuitamente pela rede pública integram o calendário vacinal.
Desde o início deste ano, com a progressão dos casos da doença, o setor de imunização da pasta vem realizando a busca ativa de pessoas não vacinadas no intento de diminuir a transmissão, alerta Danieli Fortilli enfermeira responsável do setor. De janeiro até agora 105 pessoas tiveram caxumba. “Neste primeiro trimestre nossas equipes de saúde administraram 4.486 doses para as pessoas não vacinadas. O pedido é para que a população faça sua parte e colabore com a iniciativa comparecendo até a unidade de saúde mais próxima para a vacinação. Este apoio é fundamental para conter o avanço da doença”.
Novo esquema
Para prevenir a caxumba é necessário tomar a vacina tríplice viral, que protege contra a caxumba, rubéola e sarampo.
Em 2017, o Ministério da saúde alterou o esquema da vacina, com a ampliação do público contemplado; agora, a faixa de idade que compreende bebês, a partir dos 12 meses de vida, e adultos, até 29 anos, devem receber duas doses para estarem protegidos. Dose única para a população de 30 a 49 anos. “A inclusão dos adultos neste novo esquema se deve a uma lacuna vacinal notada neste grupo e a ocorrência de surtos de caxumba nos últimos anos”, explica a enfermeira, que destaca as complicações da caxumba a partir da puberdade, apresentadas com a inflamação e inchaço dos testículos nos homens (orquite) ou dos ovários nas mulheres (ooforite). “Nestes casos é fundamental redobrar a atenção e ter acompanhamento médico”.
Doença
A caxumba é uma infecção viral comum em crianças, mas também afeta adultos acometendo as glândulas parótidas, um dos três pares de glândulas que produzem saliva. Uma das principais características da doença é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar. Outros sintomas como febre, calafrio, fraqueza, dores de cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir são manifestados. “Esta infecção é altamente contagiosa e transmitida pelo ar e pelo contato direto com as secreções das vias aéreas da pessoa adoentada”, esclarece Danielli.
Na suspeita da doença, procurar por atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA-24 horas), no Hospital “Fortunata Germano Pozzobon”, na zona norte, ou na unidade de saúde mais próxima.