Lara Matozo
Estagiária sob supervisão
lara@acidadevotuporanga.com.br

Assim como acontece com os humanos, os animais também sofrem com a mudança de clima, pois são mais sensíveis às altas temperaturas, o que pode comprometer sua saúde e causar complicações. Em entrevista ao jornal A Cidade, a médica veterinária Dayane Lemos, deu dicas de como passear com os pets e garantir a segurança no calor.

Dayane é formada pela Unicastelo desde 2010, atualmente ela estuda Pós-Graduação na Faculdade Qualittas em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais e é proprietária da Clínica Veterinária Lemos, em Votuporanga. As principais orientações são: evitar passeios em horários com temperaturas mais elevadas e andar com o animal de manhã ou ao final da tarde, pois além do incomodo de estar na rua no calor, o chão quente pode ferir as patas dos animais.

"Vivemos em uma cidade quente, então coloque o verso da palma da mão no chão, se você não conseguir ficar por 30 segundos, teu animal não irá conseguir fazer caminhada", ressaltou. 

Segundo ela, os cuidados para levar os animais de estimação para passear se iniciam antes de sair de casa. É importante estar preparado para às necessidades dos pets, que irão surgir durante o passeio, por isso, outra dica é produzir um 'chek list' do que levar para a caminhada.

"O tutor deve colaborar com as necessidades do cachorro ou gato, leve um saco plástico para recolher as fezes dos animais; é importante mantê-los hidratados, há garrafas com bebedouros que são ideais para as caminhadas, mas caso não tiver, pode utilizar uma garrafa normal ou um pote", explicou Dayane.

O acúmulo de energia, geralmente, causa a irritabilidade dos animais, isso porque passar muito tempo preso ou dentro de casa resulta em estresse. Para esses casos, a veterinária orienta utilizar brinquedos que ajudem a gastarem energia, mas a dica é optar por lugares mais tranquilos, como uma pracinha e levar uma bolinha, por exemplo, para garantir a brincadeira e os exercícios.

Os cuidados necessários antes do passeio se baseiam, principalmente, em respeitar o limite do animal. Para cães ou gatos de porte pequeno, o ideal são 30 minutos de caminhada e para os de grande porte, no mínimo uma hora. A veterinária alerta os proprietários de pit bull, rottweiller e mastim napolitano ou raças do tipo, para a obrigatoriedade da utilização de coleira ou guia de condução e se caso precisem de focinheiras, optarem pela de ferro para respirarem melhor.

“Esses animais não devem andar soltos, mas é importante ter atenção para a escolha da coleira porque não é orientado que fique muito apertada, pois pode machucá-los, coleiras com ferro pontiagudo nunca deverão ser utilizadas”, afirmou.
Durante o passeio, é importante fazer algumas pausas, seja para hidratar os animais ou oferecer carinho, nesses casos, é preciso descansar em locais com sombras e bem arejados, isso permitirá com que o pet tenha maior conforto. Caso o cão seja muito agitado, é necessário ter meios para controlá-lo, por isso, outra dica essencial é tomar cuidados para que a ansiedade não aflore o animal. 

“Evite fazer muita ‘festa’ na hora da saída do animal, isso pode causar Síndrome da Ansiedade Separação, leve um petisco para controlá-lo, ele não deve puxar a guia, ele deve sempre ficar junto do corpo (com o petisco será mais agradável ficar junto do corpo do dono do que puxar a coleira), caso o animal puxe a guia, fique parado e espere ele voltar”, recomendou Lemos.

Saúde do animal e Covid-19
No período de pandemia a recomendação é que as saídas ao ar livre com os animais sejam objetivas e acompanhadas de apenas um responsável. O ideal é evitar horários com maiores aglomerações e manter a higiene do animal.
“Importante observar horários de menor movimento, além disso, quando chegar da rua, limpe as patas dos pets com produtos destinados aos animais, nunca utilizem álcool em gel, isso é totalmente prejudicial à saúde dos bichinhos”, finalizou Dayane Lemos.