A Defesa Civil emitiu um alerta, no começo da semana, para o risco de chuvas fortes
De acordo com o órgão, a meteorologia aponta para possibilidade de chuvas com acúmulo de até 90 milímetros (Foto: A Cidade)
Da redação
A Defesa Civil emitiu um alerta, no começo da semana, para o risco de chuvas fortes na região de Votuporanga. Segundo o órgão, o risco se estende para até esta sexta-feira (17).
Ainda de acordo com a Defesa Civil, a meteorologia aponta para possibilidade de chuvas com acúmulo de até 90 milímetros. As chuvas podem ser fortes e contínuas, com possibilidade de raios, ventos e granizos. E quem mora em áreas vulneráveis deve ficar atento, pois há risco de deslizamentos de terras e enchentes.
Inclusive, na terça-feira (14), em virtude da chuva que caiu durante a tarde, a “Van da Saúde” não realizou atendimentos no bairro São João, conforme estava previsto para acontecer a partir das 17h30. A Secretaria Municipal da Saúde informou, em nota, que uma nova data será agendada para atender os moradores daquela região.
Além da região de Votuporanga, o alerta da Defesa Civil vale para as regiões de Barretos, Franca, Campinas, Ribeirão Preto, Araraquara, Sorocaba, Presidente Prudente, Marília e Bauru.
Orientações
A Defesa Civil orienta para os moradores e comerciantes de ruas e avenidas que acompanham o trajeto de cursos d’água (fundos de vale) não deixem sacos de lixo diretamente no chão e utilizem as lixeiras. "Os sacos de lixo, quando levados pela água, entopem os bueiros, o que facilita a formação de pontos de alagamento", alertou o órgão, em nota.
Outra orientação, esta para casos de emergência em temporais, é para que se acione a Defesa Civil pelo telefone 199 ou Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
Outros estados
Subiu para 12 o número de mortos pelas fortes chuvas que atingem Minas Gerais e a Bahia, nas últimas semanas. Desse total, dois óbitos ocorreram em municípios mineiros e dez nos baianos.
No total, 59 cidades nos dois estados estão em situação de emergência. Por conta dos temporais, rios transbordaram, a água invadiu centenas de casas e construções, estradas afundaram com a força das tempestades e pontes foram destruídas, terminando por isolar algumas cidades. Além disso, o abastecimento de água e fornecimento de energia elétrica estão afetados em várias localidades.
O número de desabrigados nos dois estados vem crescendo rapidamente: entre domingo (12) e segunda-feira (13), subiu de 3.872 para 9.565 a quantidade de pessoas que tiveram que deixar suas casas em Minas Gerais. A Defesa Civil da região relatou que, no último sábado (11), 1.979 pessoas perderam as casas, em comparação com 406 no dia anterior. Já na Bahia, as chuvas afetaram quase 70 mil pessoas, deixando 3,7 mil desabrigadas e cerca de 175 feridas, também segundo números da Defesa Civil local.
De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), não há previsão de mais chuvas fortes nos estados até o meio desta semana. Porém, os pesquisadores mantiveram o alerta vermelho de tempestades para o oeste, o sul, o sudoeste, o norte e o noroeste, além do Vale São-Franciscano na Bahia. A explicação para o alto índice pluviométrico que causou as enchentes é um ciclone extratropical. No extremo sul da Bahia, as chuvas chegaram a gerar 450mm de água.