No debate, de um lado ficou a grande maioria que entende o reajuste proposto. Do outro, os que gostariam de um aumento maior
Poucas pessoas prestigiaram na sessão extraordinária da Câmara Municipal de Votuporanga
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Poucas pessoas estiveram na sessão extraordinária da Câmara Municipal de Votuporanga que aprovou o reajuste dos servidores públicos municipais. Já a reunião foi quente e com alguns debates sobre o aumento concedido pela Prefeitura, que foi aprovado com dois votos contrários.
No debate, de um lado ficou a grande maioria que entende o reajuste proposto. Do outro, os que gostariam de um aumento maior. Nas discussões, alguns extrapolaram o tempo e outros foram advertidos pelo presidente da Câmara, Osmair Ferrari.
Primeiro a usar a tribuna, vereador Marcelo Coienca (PMDB) deixou claro que não gostou nada do aumento, porque, na opinião dele, os servidores precisavam ser melhor valorizados por parte do Poder Executivo. Do outro lado, Ali Hassan Wanssa, o Dr. Ali (PV), alegou que o reajuste concedido pela Prefeitura é o possível para o momento, que é de crise. Ele, inclusive, pediu um pouco de paciência aos trabalhadores e solicitou que eles entendam o período difícil.
Já na votação, somente os vereadores Sílvio Carvalho, o Silvão (PSDB), e Marcelo Coienca votaram contra a proposta.
O reajuste proposto pelo prefeito João Dado é de 4,69%, que é igual ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Conforme o chefe do Executivo, é o maior aumento dos últimos nove anos, porque, em janeiro, quando ocorreu o aumento de 8% para evitar percas por conta do fim do 14º salário, os 8% foram agregados à base de cálculo. Assim, os 4,69% são aplicados em uma base aumentada de 8%, o que resulta em 0,37% a mais de reajuste real. Ocorreu também um reajuste no vale-alimentação, que era de R$ 220 e passou para R$ 250.