Os parlamentares não gostaram das declarações do vereador logo na 1ª Sessão Ordinária do ano da Câmara Municipal
O vereador levantou polêmica na primeira sessão do ano
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
As declarações do vereador Ali Hassan Wanssa, o Dr. Ali (PV), durante a 1ª Sessão Ordinária da 2016 ainda estão dando o que falar. Dois deputados repudiaram a fala do parlamentar de Votuporanga e condenaram o bairrismo na região.
Dr. Ali (PV)reclamou do fato do município não ter hemocentro. “Uma cidade com 80 mil habitantes perder para Fernandópolis me dá urticária. Eu não posso conceber”, comentou. Para ele, é um absurdo Fernandópolis ter uma unidade e Votuporanga não. “Temos que dar um jeito de trazer o hemocentro. Uma cidade com 80 mil habitantes perder para Fernandópolis me dá urticária. Eu não posso conceber”, falou.
Ainda não opinião do legislador, é inaceitável o cidadão da cidade ter que doar sangue no município vizinho. “Eu sei que o sangue deles é tão bom quanto o nosso, mas eu acho que o nosso ainda é melhor”, opinou.
As palavras de Ali chegaram aos ouvidos de dois deputados, o federal Fausto Pinato e o estadual Gilmar Gimenes.
Pinato, que constantemente visita Votuporanga, afirmou que a declaração do vereador é lamentável e retrograda, além de ir principalmente contra toda a “organização regional que estamos nos empenhando”. Conforme o deputado, os prefeitos João Dado e André Pessuto estão em contato sempre na troca de informações e na busca da unificação da região, visto a crise que abarca todo o país. “É triste o ressuscitar um bairrismo que sempre atrapalhou a região. Fortalecer o noroeste paulista é a chave para conseguirmos alavancar o progresso de todas as cidades”, apontou.
Gimenes observou que as cidades cresceram, se desenvolveram, e a relação sempre esteve presente: as atividades desenvolvidas nos dois municípios são complementares à região, “que juntas formam a linha de acesso as emendas e destinos do desenvolvimento paulista”. “Caminhar pelo bairrismo, ou traze-lo novamente à tona vai contra tudo o que a nova política pede. Não é Fernandópolis apenas, não é Votuporanga, é a região. Assim, o desenvolvimento conjunto e integrado das duas cidades é e sempre foi a única forma de que a região se desenvolva”, falou. Para ele, “não há como pensar em uma sem que a outra esteja ao lado, parceira, companheira”. O parlamentar lembrou ainda que os benefícios acontecem em cadeia, abrangendo ambas as estâncias, sempre. “Lamentável encontrar políticos com esse tipo de pensamento retrogrado”, finalizou.
