O médico Luciano Figueira de Paula, responsável pelo setor de Vigilância Epidemiológica, fez um alerta sobre os perigos da doença
A enfermeira responsável pelo setor de imunização, Daniele Fortilli, e o médico Luciano Figueira de Paula, responsável pelo setor de Vigilância Epidemiológica (Foto:A Cidade)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Existe a suspeita de que a morte de um macaco neste fim de semana em Jales tenha sido causada pela febre amarela. O médico Luciano Figueira de Paula, responsável pelo setor de Vigilância Epidemiológica de Votuporanga, em entrevista à Rádio Cidade, fez um alerta sobre os perigos da doença.
O médico lembrou que a febre amarela também é transmitida pelo Aedes. “E agora há uma doença ainda não muito conhecida chamada de febre do Mayaro”, contou. Ele acrescentou que todas as doenças virais têm sinais muito semelhantes: febre alta, mal-estar, dores no corpo, entre outros. Por isso, muitas vezes é complicado fazer a diferenciação.
Segundo o médico, os sintomas da febre amarela são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. “A febre amarela é muito pior do que a dengue. A pessoa pode ter os sintomas, depois passar, mas voltar com tudo a febre. Pode acontecer insuficiência hepática e renal. A pessoa fica como se estivesse com hepatite”, esclareceu.
A enfermeira responsável pelo setor de imunização, Daniele Fortilli, também participou da entrevista e explicou que hoje a febre amarela é uma preocupação. “Estamos orientando a população a procurar pela vacina nas unidades de saúde, porque nós temos a vacina contra a febre amarela e está disponível para todos”, falou.
A enfermeira fez um apelo realizado pela Polícia Ambiental em relação aos macacos nas matas. Se forem avistados macacos mortos, doentes ou ossadas, é necessário comunicar à Secretaria Municipal de Saúde, que fará o exame para detectar se o animal morreu por conta da febre amarela.