Os dados são divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
A crise econômica que o país atravessa fez fevereiro registrar a maior queda do emprego formal em 25 anos. Em Votuporanga a situação não é diferente. No segundo mês do ano, 831 pessoas foram demitidas no município e 574 foram contratadas. Portanto, o saldo de geração de empregos é negativo em 257 vagas. Os dados são divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
O setor que mais demitiu foi a indústria de transformação, com 260 desligamentos, seguido pela área de serviços (-225) e comércio (-220). A construção civil demitiu 118 trabalhadores. O setor de serviço industrial de utilidade pública demitiu 4 pessoas, mesma quantidade de demitidos na agropecuária.
Somente nos dois primeiros meses do ano, 1.570 trabalhadores foram demitidos no município. Já 1.336 pessoas foram contratadas. O saldo de geração de empregos em 2016 é negativo: -234 vagas.
Os dados dos últimos 12 meses mostram que, em Votuporanga, 9.920 pessoas foram demitidas, e 9.333 contratadas, resultando em menos 587 contratações.
Os dados do levantamento nacional mostram que fevereiro teve a maior queda do emprego formal em 25 anos. O país fechou 104.582 postos de trabalho com carteira assinada no mês passado. O número leva em conta a diferença entre demissões e contratações, e é o maior para fevereiro desde 1992, quando começou a pesquisa. Apenas nos últimos 12 meses, o país eliminou 1.706.985 postos de trabalho, o que equivale à diminuição de 4,14% no contingente de empregados com carteira assinada no país.
Quase todos os setores da economia demitiram mais do que contrataram em fevereiro, com destaque para comércio (-55.520 vagas), indústria de transformação (-26.187 vagas) e construção civil (-17.152 vagas). O único setor a registrar mais contratações que dispensas foi a administração pública, que criou 8.583 postos de trabalho no mês passado.
Com o resultado de fevereiro, o país acumula o fechamento de 204.912 vagas formais de trabalho em 2016 na série ajustada, que leva em conta declarações de janeiro entregues fora do prazo.
Os estados que mais fecharam postos de trabalho em fevereiro foram Rio de Janeiro (-22.287 vagas), São Paulo (-22.110 vagas) e Pernambuco (-15.874 vagas). Apenas seis estados contrataram mais do que demitiram: Rio Grande do Sul (6.070 vagas criadas), Santa Catarina (4.793), Mato Grosso (3.683), Goiás (2.327), Mato Grosso do Sul (1.124) e Tocantins (com apenas 88 postos criados).
Por regiões, o Nordeste liderou o fechamento de postos de trabalho no mês passado, com a extinção de 58.349 vagas. Em seguida vêm Sudeste (-51.871) e Norte (-7.834). No entanto, o Sul criou 8.813 vagas; e o Centro-Oeste, 4.659 vagas em fevereiro.
Mesmo com o desempenho positivo do Sul e do Centro-Oeste, todas as regiões registram fechamento líquido de postos de trabalho nos últimos 12 meses. A região que mais demitiu foi o Sudeste, com a extinção de 959.958 postos, seguida do Nordeste (-298.301 postos), do Sul (-261.776 postos), do Norte (-107.454) e do Centro-Oeste (79.606).
Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.