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Cidade
Sobra vagas, falta mão de obra: escala 6x1 assusta e supermercados de Votuporanga têm dificuldade para contratar
A reportagem do jornal A Cidade esteve em todas as grandes redes de supermercados de Votuporanga e constatou o problema
Fernando Brust, gerente de Recursos Humanos do Supermercado Amigão, conversou com o A Cidade (Foto: Amigão)
Daniel Marques daniel@acidadevotuporanga.com.br
As grandes redes de supermercados de Votuporanga têm enfrentado um desafio persistente nos últimos meses: a dificuldade em contratar e manter colaboradores em suas unidades. A reportagem do jornal A Cidade entrou em contato com as cinco principais redes de supermercados da cidade – Amigão, Mufatto, Porecatu, Proença e Santa Cruz – e constatou que, juntas, elas têm atualmente quase 70 vagas de trabalho abertas, refletindo um cenário de escassez de mão de obra que se repete entre os estabelecimentos do setor.
Para entender as razões dessa situação, a reportagem conversou com Fernando Brust, gerente de Recursos Humanos do Supermercado Amigão. Segundo ele, a dificuldade em encontrar candidatos interessados está diretamente ligada ao momento econômico da cidade, que vive um aquecimento e oferece diversas oportunidades de trabalho em outros setores, com características mais atrativas para parte da população economicamente ativa.
O profissional explica que a oferta de empregos em Votuporanga e a concorrência com áreas que apresentam horários mais flexíveis são determinantes para o atual quadro. “Também há formas de trabalho autônomos ou em áreas com maior flexibilidade de horário que reduzem o interesse em setores tradicionais”, aponta.
Um dos fatores que mais afeta o interesse por vagas no setor supermercadista são os horários considerados menos atrativos por muitos trabalhadores. O modelo de escala seguido pelas redes geralmente é o 6x1, com jornadas que incluem sábados, domingos e feriados.
O gerente detalha que, no Amigão, por exemplo, os horários disponíveis para contratação são, na maioria das vezes, os de fechamento da loja, já que os turnos da manhã são priorizados por funcionários mais antigos. “A escala de trabalho do varejo é 6x1, com jornada aos finais de semana. Quando a companhia contrata colaboradores, os horários disponíveis para admissão costumam ser os de fechamento da loja, porque os horários de abertura são prioritários para colaboradores mais antigos que solicitam alteração de horário”, afirma.
No caso do Grupo Amigão, há uma política voltada à formação de novos profissionais, com abertura para candidatos sem experiência e até para o primeiro emprego. A empresa oferece treinamento, formação técnica e oportunidades reais de crescimento dentro da organização. No entanto, mesmo com esse incentivo, a rotatividade tem sido um dos principais entraves na consolidação das equipes.
Fernando relata que é comum o trabalhador ser contratado e, poucos dias depois, pedir desligamento. “É uma situação que realmente acontece, impactando a formação e consolidação dos times de loja”, diz. A realidade se repete nos outros supermercados visitados pela reportagem, onde os gerentes confirmam que o número de saídas rápidas é significativo.
A atratividade de outras formas de trabalho, especialmente os que permitem horários mais livres, tem levado muitos a rejeitarem as oportunidades no varejo alimentar, mesmo quando os salários são superiores. O gerente destaca essa mudança de comportamento: “Com os novos modelos de trabalho, há candidatos que optam por vagas que não necessitam trabalhar aos finais de semana ou em trabalhos informais. Porém, pode haver perda da estabilidade no emprego e de projeção de carreira”.
Em recente entrevista, o empresário José Francisco dos Santos, conhecido como seu Zé do Porecatu, do Supermercado Porecatu, destacou que está muito difícil contratar mão de obra para os estabelecimentos. Recentemente, o Porecatu contratou 260 pessoas para uma de suas novas lojas, porém, antes da inauguração, mais de 60 já tinham desistido. “Nós não estamos conseguindo completar o quadro. Está muito difícil”.
A preocupação ainda aumenta com a chegada de um novo supermercado de grande porte, o Max Atacadista, que estima vai ofertar mais de 300 vagas de emprego no município.
Diante desse panorama, as redes supermercadistas seguem em busca de estratégias para ampliar o interesse dos candidatos pelas vagas disponíveis. Apesar do número expressivo de postos abertos, a combinação entre rotatividade, condições de trabalho pouco flexíveis e o aquecimento da economia local torna o preenchimento dessas vagas um desafio constante para o setor em Votuporanga.
Amigão
16 vagas
Divididas nos cargos: aprendiz, auxiliar de padaria, fiscal de loja, operador de caixa, repositor, zeladoria, auxiliar de padaria e líder de açougue.
Porecatu
38 vagas
Divididas nos cargos: operador de caixa, pacoteiro, balconista, auxiliar de cozinha e repositor.
Proença
12 vagas
Divididas nos cargos: padeiro, operador de caixa e repositor.
Santa Cruz
3 vagas
Balconista, empacotador e repositor.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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