Foi só o articulista ficar fora da cidade por três dias e pimba!, saiu a Faculdade de Medicina. Uma grande vitória para todos que trabalharam por isso. Uma grande vitória para a Unifev que se mostrou competente e organizada para conseguir o curso. Uma grande vitória para a população de Votuporanga e de todos que, durante décadas, lutaram para que a cidade pudesse chegar ao estágio em que se encontra. E, por fim, uma grande vitória e uma imensa satisfação interior, para o meu amigo Dalvo Guedes, que junto de outros lúcidos votuporanguenses, tiveram a iniciativa de trabalhar e conseguir faculdades para nossa Votuporanga há mais de 40 anos. A grande esperança é que tenhamos uma escola de alto nível, que possa contribuir para diminuir o déficit de profissionais, evitando que o governo, como foi noticiado, importe médicos de outros países. E, como sempre escrevo por aqui: nada acontece do dia para a noite. Agora é seguir em frente e aproveitar esse novo estágio do complexo educacional da cidade. Queira Deus que em pouco tempo a Escola Federal instalada na Av. Jerônimo Figueira implante cursos superiores na área de tecnologia.
Mas é isso mesmo, meus ilustres leitores, não vivemos época de ficar acendendo o farol traseiro, a não ser para aprender alguns exemplos do passado, porém, sim, de permanecermos com os faróis dianteiros ligados para continuar construindo uma cidade onde todos tenham satisfação de morar.
Se ficarmos focados nas mazelas que acontecem pelo mundo afora, estaremos perdendo tempo em fazer o que é bom para nosso “cantinho”. O Brasil é um país imenso, cheio de necessidades e farto em “rolos governamentais” que desperdiçam dinheiro, desviam a atenção da população e provocam que alguns menos preparados no ninho familiar enveredem por caminhos obtusos e obscuros, fazendo com que muitos comportamentos deixem a desejar. Se todos que moramos por aqui, entendermos que a satisfação de vida envolve, dentre outras necessidades, segurança e tranquilidade, sem dúvida, vamos entender que é necessário um amplo trabalho comunitário de prevenção e conscientização. Creio que aqui as comunidades de bairro poderiam contribuir muito e, lembrando sempre, que isso demanda tempo, paciência e persistência.
Um fato muito evidente em relação a esses ensinamentos de comportamento é o caso desses escapamentos de motos abertos que desrespeitam todos. Acredito que o pessoal envolvido com o trânsito deve estar cuidando disto, porém, para aqueles que não possuem ou não tiveram educação no berço isto não quer dizer nada, ou melhor, talvez os mesmos entendam que com o barulho que fazem conseguem se impor e aparecer. Sei lá, muito difícil entender isso, talvez a psicologia possa definir esses comportamentos. Mas, pensando bem, acredito que se houver um esforço geral de conscientização e educação, além de medidas coercitivas como multas e pontos em carteiras, os resultados serão positivos. Fica a sugestão.
E, já numa nova etapa da cidade que está desfavelada e iniciando a construção das casas para quem estava ali, uma cidade que possui um status importante na área da educação e da saúde, o importante é continuar com os faróis dianteiros ligados a procura de caminhos que possam sempre trazer mais bem estar a que vive por aqui.
*Nasser Gorayb é comerciante e colabora com o jornal aos sábados