Pensemos nas situações descritas abaixo, que são realidades acontecendo diariamente, assuntos de nossa cidade, que acontecem em outras, também.
Vejamos: A rua Amazonas perdeu um dos lados de estacionamento. Até aí nada demais, mesmo porque está ficando muito bonita e as calçadas mais largas. Porém, de repente, surge na ponta da rua um, ou uma, motorista “menos avisado (a)” e imagina que um automóvel estacionado logo a sua frente vai deixar o local. A pessoa freia o automóvel, coloca em ponto morto, ou “se faz de morto”, atravanca todo o trânsito que vem atrás e fica esperando o outro sair. Com isso forma-se uma fila enorme, o sinal fecha e algum outro, ou outra, não querendo ficar esperando lá no farol, atravanca a esquina e fica olhando para o lado contrário, como quem foi “vítima” de uma situação. Resultado de tudo isso: trânsito congestionado. E isto acontece toda hora, basta você, meu caro leitor, parar em uma esquina ali na Amazonas ou alguma outra com bastante movimento e ficar observando. E, tudo, por quê? Simples falta de educação e orientação.
Vejamos agora outro tipo de situação: O motorista vai virar à direita em rua com mão de direção neste sentido. Consequentemente, o motorista está procurando observar o movimento da esquerda e vai seguindo. De repente esbarra, derruba ou entala na guia um motoqueiro que “sabiamente” tentou ultrapassar pela direita, logo na esquina. Quando não existe vítima a situação fica até cômica. Já vi motoqueiro ralado e entalado sem poder reclamar. Aos menos educados sobra a oportunidade de chutar o carro ou o espelho retrovisor. Pois é, são fatos reais que acontecem sempre. E, tudo por quê? Simples falta de educação e orientação.
E nos balões a coisa também fica engraçada, quando não nos deixa entristecidos pela falta de solidariedade e espírito de colaboração. Os balões, acredito que convencionado pelas mentes dos bens intencionados, são para cada um passar alternadamente. Que nada, “cidadãozinho” vem lá atrás e já buzinado como se fosse perder o trem e assim alguém mais educado fica esperando na fila. Também, aqui, simples falta de educação.
Não quero dizer que eu e muitos outros somos santinhos no trânsito. Todos nós, em algum momento que não deveria existir, podemos nos distrair, pois, felizmente somos mortais, seres humanos com virtudes e defeitos. Apenas, e com muita atenção, devemos procurar não errar no trânsito, mesmo porque esse erro pode causar prejuízos materiais, ou pior, físicos.
Agora, em tudo isso notamos claramente que falta uma orientação persistente, que acredito ser muito mais eficiente do que ficar multando. Mas, fica uma pergunta, principalmente ao pessoal do trânsito municipal, e isto sem maldade nenhuma: O que é mais fácil, multar ou orientar? Por sinal a pergunta serve para o caso dos terrenos baldios, também.
Enquanto tudo isso aí de cima acontece aqui e no mundo, o Brasil vai assistindo a festança política, o vai-vem dos interesses, os novos papagaios de pirata, as benesses aos “deuses”, as privatizações necessárias que alguns diziam desnecessárias e o silêncio da Presidenta (é assim que ela se denomina). Isso mesmo, até agora, desde o início da campanha não me lembro, além do importante assunto da pobreza, de nenhum outro compromisso devidamente assumido ou falado pela Dilma. Parece-me que é uma pessoa que pensa muito antes de falar, ou que só vai falar depois de se sentir fortalecida. Muitos lances virão por aí ainda. Espero que sejam positivos. Vamos todos torcer para isto.
Nasser Gorayb é comerciante e escreve neste espaço aos sábados - nasserartigo@terra.com.br