Nos anos 60 a Ford fabricava um caminhão com motor V8, conhecido por F600 e que transportava por volta de seis toneladas. Em certa cidade havia um japonês, comerciante de batatas, que as comprava na cidade grande e depois distribuía pelas vendinhas da época, e isso lhe proporcionava uns bons lucros e reservas. Certo dia o japonês foi à cidade grande e comprou um F600, vermelho, zerinho, a gasolina e com o possante motor V8. Passados alguns dias lá estava o japonês no hospital, todo quebrado, pendurado como vaso de xaxim, sendo visitado por um amigo, que lhe perguntou o que havia acontecido. Disse-lhe o japonês: “Fui no cidade grande, comprei F600, possante, vermelho, carreguei 6000 quilos de batata e fui para o estrada. Caminhão novinho, novinho, motor forte e acelerei até 120, 130. De repente havia um placa no estrada escrito: cuidado homens no pista. Japonês tirou pé do acelerador e por mais de 5 quilômetros andou a 20, 30 por hora. Não havia nada no pista, japonês não gostou e acelerou de novo. La ia japonês de novo, 120, 130 quando outro placa avisava: cuidado, máquinas no pista. Japonês diminuiu velocidade outra vez para 20, 30 por hora. Depois de 10 quilômetros nada no pista e japonês já muito bravo acelerou motorzão de novo, 120, 130 e Fordão vermelho ia comendo pista, porém, de repente, outro placa dizia: cuidado, tambores no pista. Japonês já muito bravo não acreditou e veja só como estou”.
Por isso meus amigos cuidado com avisos da Euclides da Cunha, porque senão você pode ficar igual ao japonês da piada. E se isso não acontecer, com esse decreto imperial desta semana você pode ter o bolso lesado. E não queira culpar o governo, pois, pode levar uma resposta “inteligente” de algum piloto de escrivaninha dizendo que o máximo de 80 é para que “morram menos pessoas”. Se esquecem os “deuses” que melhor fariam se fechassem de vez a rodovia. Com isso ninguém viajaria e não haveria acidentes. Pois é, atitudes impensadas (??), ou maldosamente pensadas, são para serem tratadas com sarcasmo e desconfiança.
Antes de ficarem colocando radares como caça-níqueis na estrada, deviam, isto sim, fazer com que as obras se iniciem com a celeridade que as circunstâncias exigem. E, não está ficando nada engraçado depois de tanto tempo de promessas, conversas e intrigas, que esta estrada ainda contemple notícias ruins. Sem querer ofender ninguém, porém, apenas alertando e lembrando que já escrevi isto em outras épocas, parece-me que se nada de efetivo acontecer, o negocio é caso para a polícia, 171, por estelionato da boa fé do povo.
Por isso, a iniciativa dos vereadores de Votuporanga, presididos pelo Meidão, é muito bem vinda. Também, é muito importante que as outras câmaras da região se mobilizem e, todas juntas, façam ver ao novo governador que ele já pegou uma concorrência feita, uma ordem de serviço assinada (??) e a obra precisa ser executada já. Façam ver ao governador que o interior do Estado não está mais disposto a ficar em plano inferior nas decisões e investimentos.
Neste início de governo paulista as notícias não andam muito boas. Para os que votaram no homem deve estar sendo algo frustrante. Mas não devemos perder as esperanças. Existem pessoas competentes por ali. O governador é uma boa pessoa. Apenas não podemos ficar falando amém para bobageiras, exageros e descasos, afinal estamos no Estado de São Paulo e temos nosso deputado estadual, que vai tomar posse em março.
Nasser Gorayb é comerciante e escreve neste espaço aos sábados - nasserartigo@terra.com.br