O governo da Dilma nem começou e já estão pipocando alguns casos folclóricos. Um deputado anunciado como ministro pagou conta de motel com dinheiro público e, uma senadora, também, anunciada como ministra pagou conta de hotel com dinheiro público. Sei lá, seria o caso de serem desconvidados, melhor dizendo, “desanunciados”, se já não foram. Aguardemos os próximos lances, mesmo porque a Presidente deve saber o que fazer.
Mas ao mesmo tempo o ano está terminando. Fico pensando: qual a diferença de um fim de ano no tempo das cavernas e nos tempos atuais? Talvez a diferença esteja que naquele tempo ainda não funcionava o calendário como conhecemos hoje e o povo daquela época calculava estas mudanças pelo sequenciamento das estações ou movimento das estrelas. Até fico imaginando quais eram suas expectativas: melhores chuvas, mais colheitas, menos frio, menos ataques de outras tribos e outras coisas de seu tempo. Como seria?
Hoje as expectativas existem com muita força e, dentre elas, algumas são mais fortes, tais como: boa saúde, família em ordem, negócios ou empregos prosperando, tranquilidade e segurança e alguns sonhos também: -diminuição dos políticos corruptos, melhor aplicação do dinheiro arrecadado do suor do povo e menos “blablaba” por parte de alguns que se consideram Deuses.
E, se expectativas deviam existir nos primórdios da humanidade como serão elas daqui algumas décadas, séculos ou milênios? Acredito que para aqueles que preservarem valores nada será muito diferente do que pretendemos hoje, adaptados às realidades de cada época. Valores são importantes na preservação da convivência do ser humano. Decência, honestidade, respeito, generosidade e companheirismo, dentre outros, são valores inquestionáveis.
E, com isto o ano vai terminado, um outro vem por ai e a vida continua. Se neste ano muitos se foram, ao mesmo tempo outros chegaram. Se as partidas, com certeza foram de muito sentimento e dolorosas, as chegadas, ao contrário, são motivos de festas, alegria e muita esperança. E a vida continua.
Quem partiu, conforme a vida que viveu, os bons atos e ensinamentos que praticou, deixou saudades, um rastro inapagável e sempre será lembrado com respeito, caso contrário, estará participando do memorial daqueles que não deveriam ter vindo.
Quem chega, tem toda uma vida pela frente para aplicar os ensinamentos familiares e outros que conquistar com sua convivência na comunidade e, espera-se dele que seja um excelente ente comunitário.
Raciocínio complicado este, não é? Não penso assim, penso que é exatamente a vida como ela é. E, o sol que brilha hoje, se Deus quiser, vai estar brilhando daqui milhões de anos e, para seres humanos que estarão por aqui. Novos fins de ano e novos começos se sucederão. Por isso aproveitemos nossa vida em nosso tempo, sejamos úteis e nos esforcemos para praticar atos de bondade. É muito fácil e não precisa ter dinheiro para isto, não. Basta ter amor na mente e no coração.
Mas, meu ilustre leitor não fique impressionado com o parágrafo inicial. Lembre-se daquela famosa frase do Lincoln: -”Ninguém engana a todos por todo o tempo”. Um dia a casa do enganador cai e, pior, como já dizia o caboclo: -”Quanto maior a arvore maior o tombo”. Coisa boa para alguns “banbanbans” se lembrarem em seus momentos de pensamento lúcido. Se tiverem.
Feliz Ano Novo a todos, com a Benção de Deus.
Nasser Gorayb é comerciante e colaborador deste jornal. e-mail: nasserartigo@terra.com.br