O tema que vou abordar nas linhas que se seguem, anda meio em baixa ultimamente. Difícil encontrar alguém que fale francamente: Sou um sonhador. Talvez por medo de ser motivo de piada entre os mais céticos. O fato é que esse poderoso recurso da mente humana, tem despertado cada vez menos o interesse do imaginário das pessoas.
A culpa pode ser atribuída, quem sabe, ao modo de vida das pessoas, que não percebem a vida passar, por estarem cada vez mais sem tempo para si mesmas.
Sou suspeito em falar desse assunto, até porque admito sem maiores preocupações que sou uma pessoa sonhadora. Acredito que o sonho tem uma influência direta nas naqueles objetivos que parecem impossíveis de serem alcançados.
Lembro-me da história de vida de um jogador de futebol, que quando criança ficava olhando os treinos do time da Portuguesa de Desportos e dizia repetidamente aos amigos: Um dia vou jogar nesse time. Esse sonho, permitiu que ele fosse muito mais longe, chegando a defender times do exterior e até a Seleção Brasileira. Acredito que todos vão se lembrar do meio campo Zé Roberto. Assisti também, a inúmeros depoimentos de pessoas que relataram suas experiências de superação, diante de cenários que pareciam intransponíveis aos mais otimistas dos otimistas.
Fico feliz quando encontro alguém que pactua com minha forma de pensar, e que admite dizer em alto e bom som que chegou onde está por ter sonhado.
Imagino que percorrer caminhos tendo as mesmas atitudes, não nos levam onde queremos chegar. Pensando assim, acredito que a chave para mudar o curso da história mesmo morando num casebre lá na última rua do bairro mais distante, pode ser por meio do sonho.
As pessoas quebram paradigmas, e vão adiante na busca por uma vida que mistura sonho e dedicação extrema. Pessoas com esse perfil, normalmente arriscam mais, e tentam novamente mesmo quando o fracasso quer adiar ou até mesmo interromper a caminhada.
Os sonhadores normalmente não ficam parados. Comprometem o final de semana com os amigos para estudar um pouco mais e não medem esforços para encarar um nova batalha, fazendo algo diferenciado.
Pessoas assim, normalmente não ficam reclamando da vida, muito menos do acaso. Deitam e levantam com o propósito de alcançar seus objetivos mesmo tendo milhares de concorrentes.
Senão bastasse toda a energia empregada, os sonhadores ainda precisam de um equilíbrio tibetano para ter que conviver com pessoas que ainda vão se perguntar como ele conseguiu.
Muitas vezes, o retorno vem ao longo de uma vida inteira de trabalho duro, passando pelo choro solitário por meio de decepções que milhares de pessoas não viram.
Normalmente, as marcas não estão evidentes na face, más sim cravadas na alma do(a) guerreiro(a) que não entrega os pontos mesmo nadando contra a maré.
Por isso, quando olhar para alguém que atingiu a plenitude, se é que isso é possível, lembremos dos inúmeros tropeços e quedas que somente ele e os mais próximos presenciaram.
O mundo ainda está de pé, porque existem os sonhadores que não aceitam ficar na zona de conforto com as mesmas atitudes. Pelo contrário, tiveram a ousadia e a coragem de escrever uma nova página no livro da vida.
Não se espante quando alguém meio desavisado disser que sua conquista foi apenas sorte. A sorte é um componente importante, más não desprezemos o poder do sonho, muito menos o trabalho árduo como forma de realização num mundo tão competitivo.
Meu caro leitor, acredite no poder do sonho, entretanto, tenha a certeza de que somente isso não bastará. Será preciso ação, para que no seu tempo as portas se abram. Siga em frente e o resultado você vai colher, mais cedo ou mais tarde virá a recompensa para quem acredita no poder sonho.
Um forte abraço a todos.
José Carlos do Lazão - Vereador em Votuporanga