Autoria é do vereador Douglas Lisboa, que está inconformado como os jovens têm se divertido nestes estabelecimentos
Karolline Bianconi
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O vereador Douglas Lisboa está com um projeto de lei polêmico que deve ser apresentado em breve na Câmara Municipal. É o de n.º 30/2014, que dispõe sobre a proibição do consumo de bebidas alcoólicas nas dependências de postos de combustíveis.
Insatisfação
Ele e os demais vereadores da cidade não estão gostando da maneira como os jovens e algumas pessoas têm se divertido, principalmente nos postos de combustíveis pelas madrugadas aos finais de semana. Na opinião deles, este tipo de estabelecimento não é propício para sediar diversões, porque há um grande risco de se ocasionar uma tragédia, além do uso desenfreado de bebida alcoólica e som alto.
O vereador André Figueiredo até usou a tribuna na sessão do último dia 3 para mostrar fotos de uma jovem encontrada recentemente caída em um terreno próximo a um posto de combustível na cidade, em coma alcoólico. Ele ainda contou sobre um posto, localizado na região central da cidade, onde os jovens se aglomeram para o uso de bebida alcoólica e ouvir música. “É uma verdadeira baderna”, disse.
Reunião
Douglas disse que o projeto de lei não será votado enquanto a Câmara não reunir os proprietários dos postos. A proposta é evitar os abusos com barulhos e o consumo de bebida alcoólica.
“Iremos primeiro reunir estes empresários para tentar fazer um acordo. Queremos ouvir a versão deles, e que também entendam o nosso lado. Com lei ou sem lei, queremos sanar o abuso de som alto e consumo de bebidas neste local”, falou. Hoje, às 16h, os vereadores participam de uma reunião das comissões para agendar o encontro com os empresários.
O vereador Osvaldo Carvalho também se mobilizou sobre o assunto. Ele indica ao presidente da Câmara, Eliezer Casali, que promova audiência pública, convocando o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança), e diversos setores do meio ambiente para discutir sobre o som alto.
Opinião
O empresário Eduardo Karkar é dono de um posto de combustíveis e opinou sobre o assunto. “Se for assim, terá que proibir o consumo em lanchonetes e bares também. Os postos empregam muitas pessoas e se deixar de vender algo, pode gerar o desemprego”.