Andressa Aoki
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Mais uma vez, a saúde foi a pauta da sessão ordinária de ontem na Câmara Municipal. Depois de várias reclamações sobre os atendimentos da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Votuporanga e de matéria divulgada pelo jornal A Cidade sobre as críticas dos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), o presidente do Poder Legislativo, Eliezer Casali, foi verificar a prestação de serviços. E, depois da visita, constatou: a UPA está sobrecarregada.
Eliezer afirmou que foi recebido pelo diretor responsável da UPA, Chaudes Ferreira da Silva Júnior, e pela secretária Fabiana Arenas Stringari Parma. Segundo o vereador, a unidade é destinada para cidades com população acima de 50 mil habitantes. Entretanto, a estrutura suporta atendimento de 4.500 usuários por mês, com dois médicos, número ultrapassado no município. Ao todo, são 6.600 serviços. “A UPA tem sobrecarga e a estrutura se torna pequena porque são só dois médicos. Para a colocação de mais um médico plantonista, a Prefeitura teria que arcar”, explicou.
Ele disse ainda que enquanto esteve na Unidade de Pronto Atendimento, os pacientes eram atendidos em 15 minutos. “A gente sabe que os usuários aguardam mais tempo do que 15 minutos para serem socorridos”, complementou.
O presidente da Câmara ressaltou, porém, que viu a boa vontade da secretária e de sua equipe. “O município está investindo na capacitação dos médicos, dos funcionários. A pessoa ia na UPA e mandavam que ela fosse para a Santa Casa. Era uma via sacra. Houve uma melhora no atendimento”, afirmou.
Para Eliezer, que já solicitou uma UPA regional (que iria atender todos os municípios da região e desafogar a Santa Casa) para a cidade, a solução seria contratar mais um médico.
Ambulância
Por sua vez, o vereador Mehde Meidão Slaiman Kanso, reclamou da gestão da Secretaria Municipal de Saúde com relação à ambulâncias. Segundo Meidão, usuários com convênios de Iamspe e Unimed não podem mais utilizar o veículo. Ele seria destinado apenas para pacientes do SUS.
O vereador disse ainda que alguns pacientes estão reclamando da demora de atendimento na UPA. “Um homem aguardou por horas o socorro, porque só tem dois médicos e havia chegado uma pessoa pelo Samu. Mais de 30 pessoas doentes deixaram de ser atendidas porque não tinham condições de esperar”, ressaltou.
Iamspe
Meidão reclamou ainda dos procedimentos adotados pelo escritório do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) de Votuporanga.
Meidão encaminhou um requerimento para o prefeito Junior Marão e para o superintendente do Iamspe, Latif Abrão Junior. “O funcionário tem que se dirigir até São José do Rio Preto para fazer afastamento médico. Quando abrimos o escritório no município, foi no sentido dos usuários seriam atendidos em Votuporanga. Hoje, os funcionários têm que ir pra Rio Preto. Acho um absurdo e uma vergonha”, disse.