Mário Bernardes cobrou que sociedade lute em prol do hospital, pois é a que mais procura por atendimento gratuito
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
O administrador da Santa Casa de Votuporanga, Mário Homsi Bernardes, pede apoio de toda população para conscientizar o governo federal para repassar de forma melhor os atendimentos prestados através do SUS (Sistema Único de Saúde). Como forma de protesto, durante todo o dia de ontem as santas casas só atenderam emergências.
Além da paralisação parcial em todo o país, os representantes dos hospitais filantrópicos se reuniram com a imprensa. Em Votuporanga, o encontro da administração e diretoria da Santa Casa ocorreu no Espaço Unifev (anexo ao hospital).
Dados
Mário elogiou os profissionais da saúde e aqueles que trabalham em demais áreas do hospital. Contou que no Brasil existem 2.100 hospitais filantrópicos, e 155 mil leitos. Deste número, 45% são de leitos do SUS. Mais de mil cidades contam apenas com alguma Santa Casa para atender a população de forma gratuita.
Em 2011, o atendimento gratuito custou R$ 14,7 bilhões de serviços ao SUS, sendo que apenas R$ 9,6 bilhões foram pagos (os R$ 5,1 bilhões restantes ainda devem ser pagos).
O setor filantrópico gera 480 mil empregos diretos no país; 140 mil médicos são contratados para cuidar da saúde da população.
Atualmente, a dívida das santas casas são de R$ 12 bilhões; estima-se que até o final do ano sejam R$ 15 bilhões. “A conclusão que temos é que o setor filantrópico está financiando o SUS, quando deveria ser o contrário”, falou.
Ele pede apoio para toda a comunidade, clubes de serviço e demais entidades. “Não podemos ter vergonha em relatar os nossos problemas, porque ninguém fará isso por nós”, disse. Mário pede para que a população participe dos movimentos em prol das santas casas, já que é a que mais utiliza o atendimento.