“Me deram a vida novamente; foram meus anjos”, disse Jorge Ribeiro Filho sobre a família que aceitou a doação do rim
Hermelinda Marcaci Olivo e Jorge de Paula Ribeiro Filho falaram sobre o dia
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Hoje é comemorado o Dia Mundial do Rim, para falar sobre a importância deste órgão, o jornal A Cidade convidou Jorge de Paula Ribeiro Filho, um transplantado, e a presidente da Aprevo (Associação dos Pacientes Renais de Votuporanga), Hermelinda Marcaci Olivo. Todo o mundo aproveita a data para reforçar o papel fundamental dos rins na manutenção do equilíbrio do organismo.
Jorge tem 52 anos e é diabético, doença que acabou provocando alterações em sua pressão arterial. “Eu não tinha conhecimento da gravidade do meu problema de saúde, por isso, não me cuidei, não procurei o médio e os rins foram prejudicados”, contou.
Em 2005 ele descobriu o problema, quando começou a perceber os sintomas, cansaço, inchaço nas pernas e fazia muito xixi, além disso, estava com anemia profunda, coração inchado e água no pulmão. Tudo isso culminou em uma insuficiência renal crônica, paralisando os rins. “Procurei um médico, fiz exames, fui encaminhado para a Unidade de Diálise da Santa Casa de Votuporanga. Lá, comecei o tratamento. A diálise era realizada em casa, durante 10 horas por dia”.
Jorge aceitou bem o tratamento. “Eu tinha dois filhos para criar e coloquei na cabeça que precisava sarar”.
As diálises duraram um ano e quatro meses, quando Jorge conseguiu a doação de um rim e fez a cirurgia no dia 16/12/2007, em Marília, onde é acompanhado a cada três meses até hoje.
Para Jorge, tanto a equipe de nefrologia da Santa Casa local quanto a de Marília são formadas por anjos. “O serviço do SUS (Sistema Único de Saúde) ao paciente renal crônico é de primeiro mundo, um dos melhores que se possa imaginar. A gente recebe toda assistência médica, psicológica e medicamentos”, disse.
Ele também destacou a importância da doação de órgãos. “É um gesto muito bonito. Na hora da dor, de um sentimento muito duro, tem um significado enorme a pessoa se dispor a ajudar o outro com a doação do órgão do familiar falecido”.
Em função de toda a sua gratidão, Jorge faz campanhas preventivas. “Há doenças silenciosas que prejudicam o rim, órgão que é de extrema importância para o bom funcionamento dos outros órgãos. Por isso, alerto as pessoas para a necessidade do cuidado com a saúde”, ressaltou.
Hoje, Jorge está bem, feliz e pronto para trabalhar.