Vereador assumirá, a convite do prefeito Junior Marão, a pasta de Direitos Humanos na próxima semana; ele fala sobre sua trajetória
Emerson Pereira deixará a Câmara para assumir a Secretaria de Direitos Humanos
Karolline Bianconi
karol@acidadevotuporanga.com.br
De conselheiro tutelar e vereador, para secretário de Direitos Humanos. Esta é a trajetória de vida pública de Emerson Pereira, vereador mais votado em Votuporanga nas últimas eleições. Em menos de 10 anos lidando com pessoas humildes, Pereira, que assumirá sua pasta na próxima semana, falou ao jornal A Cidade sobre sua vida, seu trabalho como vereador e expectativa para uma das apostas na administração do prefeito Junior Marão. Emerson aproveita ainda para dizer que quem o elegeu como vereador, não deve pensar que perdeu seu voto. Pelo contrário, ele usará a confiança da população para realizar seu trabalho.
Vida
Emerson Pereira tem 29 anos, nasceu em Votuporanga e sempre morou no bairro São João. É formado em Pedagogia.
Emerson contou algo que poucas pessoas sabem. Quando era adolescente, pensou até em ser seminarista. É que desde criança ele frequentava a Paróquia São Benedito e Nossa Senhora de Fátima. Numa época, chegou a participar de encontros preparatórios, em São José do Rio Preto, por vários dias seguidos.
Perdeu o pai aos 9 anos. Ele foi vítima de infarto e cirrose com 42 anos. Deixou a mãe e sete filhos ainda crianças. Com 16 anos, recolhia reciclável da rua e vendia verduras em uma carriola, para ajudar no sustento da casa. Tentou entrar muitas vezes no Centro Social de Votuporanga para ser “guardinha”, mas não conseguiu.
Aos 18 anos, assumiu a vice-presidência da Associação de Bairro do São João. “Na verdade já estava preocupado com a qualidade de vida dos moradores, enfim, comecei a lutar publicamente para isso”, disse. Ficou na presidência por dois mandatos.
Nesta época conseguiu seu primeiro emprego como empacotador no Supermercado Porecatu, oportunidade dada por Aparecida Gutierrez da Rocha dos Santos, a “Dona Cida”, que faleceu em março de 2009. Trabalhou durante nove meses, sendo este seu primeiro registro em carteira.
Emerson mora ainda com sua mãe e fala que não pretende se casar, nem ter filhos. Caso um dia não seja mais político nem ocupe um cargo público, espera terminar sua vida em um seminário franciscano.
Revelou que gosta muito de ajudar o próximo e que não consegue deixar alguém sofrer. “Muitos dizem que devemos ensinar a pescar, mas não consigo ver alguém passando por alguma dificuldade e cruzar os braços. Eu ajudo como posso”, disse.