Engenheiro diz que aparecimento de buracos na via é normal e local ficará em perfeitas condições
Usuários da Euclides da Cunha reclamam dos buracos que surgiram antes mesmo da inauguração da pista
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Basta uma passagem pelo trecho em duplicação da rodovia Euclides da Cunha para perceber a grande quantidade de buracos que surgiram nos últimos dias. Chuvas, grande fluxo de caminhões pesados e a não finalização da obra são alguns dos motivos. O jornal A Cidade recebeu algumas críticas com relação ao assunto e conversou com o engenheiro Carlos da Silveira, da empresa Conter, responsável pela duplicação da rodovia que compreende o trecho de Votuporanga, sobre o problema. Carlos disse que o surgimento de buracos enquanto a obra acontece é normal.
“Como a duplicação não está pronta, é normal o surgimento dos buracos, especialmente nos locais onde usamos a pista antiga. Quando entregarmos, estará em boas condições”, explicou Carlos.
O engenheiro disse ainda que, por enquanto, a manutenção é da própria Conter, responsável pelo trecho de Votuporanga. Depois de entregue ao governo do Estado, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) vai cuidar da pista.
“Estes buracos, especialmente em dias de chuva, são normais. Tapá-los faz parte da rotina de manutenção. Alguns trechos da Euclides da Cunha ainda vão receber mais camadas de asfalto”, contou o engenheiro.
Há a possibilidade da rodovia ser entregue no meio deste ano. A Conter faz a duplicação de aproximadamente 50 quilômetros na região de Votuporanga mais 25 quilômetros na região de Estrela D’Oeste.
Crítica
Antes mesmo de inaugurar a obra de duplicação da rodovia Euclides da Cunha, os motoristas ficam indignados com a operação tapa-buracos.
João Luis Cavalari passa pelo local ao menos três vezes por dia. Conhecedor do trajeto, ele mesmo fez as contas e ficou impressionado com a quantidade de buracos: 80, somente de um lado da pista, de Votuporanga até Distrito de Simonsen. Se o caminho prosseguir até Cosmorama, os declives somam 200.
Ele registrou toda a operação com fotos em seu celular. “As erosões oferecem perigo para os motoristas”, disse para o jornal A Cidade.
Mas os buracos não são os únicos problemas. “A rodovia deixa muito a desejar. Não tem escoamento também e a água fica na pista”, alertou.
O jornalista Dener Bolonha também utiliza a rodovia toda semana, especialmente no sentido Fernandópolis/ Votuporanga. Ele contou o que tem visto. “Desde o mês de dezembro, quando começaram as primeira chuvas, notei o aparecimento de vários buracos ao longo do trecho já duplicado da rodovia. E, com o aumento das chuvas nos últimos dias isso, tem se tornado comum, principalmente na faixa de veículos lentos, que em alguns trechos está insuportável, justamente por conta dos vários buracos. Isso me preocupa, pois se uma obra que sequer foi inaugurada oficial já apresenta tantos problemas, o que vai acontecer no futuro? Em Fernandópolis por exemplo, um dos trevos recém construídos foi levado pelas águas”, desabafou.
Crédito da foto: Leidiane Sabino/ A Cidade