Estão sendo projetados investimentos na reforma total do Cemitério Parque Jardim das Flores e Crematório
Karolline Bianconi
karol@acidadevbotuporanga.com.br
Nesta semana, uma família de Votuporanga perdeu um ente querido. Seus parentes e amigos atenderam a seu último pedido: o de ser cremado e ter as cinzas jogas em uma praia. Na segunda-feira, houve a cremação e as cinzas devem ser entregues hoje aos familiares.
O grupo Rosa Mística, que mantém o Cemitério Parque Jardim das Flores e Crematório, divulgou, a pedido do jornal A Cidade, a quantidade deste tipo de serviço que é realizado desde a inauguração, que aconteceu neste ano. O sócio-proprietário do grupo, Rolandinho Nogueira, falou que a média mensal de cremações está em torno de 10 serviços. Os atendimentos envolvem toda a região, inclusive os estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Para o empresário, mesmo na cidade ainda existindo a tradição de se enterrar os entes queridos, a quantidade do serviço realizado atualmente era esperada. “A média vem crescendo a cada mês, sabendo que ainda há uma questão cultural. Porém, no Brasil e no mundo, celebridades vem optando pela cremação, demonstrando que este serviço é o caminho. Estão respondendo muito bem, tanto as pessoas da nossa cidade quanto as pessoas de outros estados. Muitos realizam a cremação em São Paulo e hoje trazem para Votuporanga”, falou.
Armazenamento
Nogueira explica que as cinzas são armazenadas em uma pequena urna, onde a família pode deixá-la em qualquer local. “Caso a família prefira, pode ser feita uma homenagem ao ente querido, jogando as cinzas em um local que ele gostava muito. Temos, como exemplo, o caso do ator Chico Anysio, onde as suas cinzas foram lançadas sobre serra de Maranguape, no Ceará, sua cidade natal, e sobre os estúdios da Central Globo de Produção (Projac)”, disse.
O empresário contou que a cremação no País vem crescendo 20% a cada ano. “Há 10 anos, em São Paulo, eram realizadas 10 cremações por semana, hoje são realizadas 40 cremações por dia. Nos Estados Unidos cerca de 90% das pessoas são cremadas; a Argentina hoje tem um número semelhante a esse”, destacou.