Encarnação afirmou que a tribuna é um lugar sagrado, em entrevista a Rádio Cidade
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
A vereadora Encarnação Manzano (DEM) acredita que falta reconhecimento para as pessoas que construíram história em Votuporanga. “Parece que Votuporanga não tem passado, só presente. Muitas pessoas que foram extremamente importantes, são esquecidas com rapidez. Isso deixa a gente triste. Não é porque desapareceu, que tem que ser esquecida. Ela deixou um legado e isso deve ser reconhecido sempre”, disse, em entrevista ao Jornal da Cidade, da Rádio Cidade.
Encarnação falou sobre sua saída da reitoria do Centro Universitário de Votuporanga. “Devemos agir como universidade. Venceu período, a pessoa sai, transmite o cargo. Você sai da reitoria e volta como professor. Acho super normal”, destacou.
Ela citou ainda seu trabalho como reitora na instituição de ensino. “Quem entrou com o primeiro documento para o curso de Medicina fomos Laraia e eu. Há um esquecimento das pessoas. Estou lá até hoje. Dou aulas, fui reitora, fiz a minha parte, conseguimos coisas muito bonitas como a Cidade Universitária. Foi uma vitória. Há tempos que tínhamos este projeto e não conseguíamos, o Campus Sul também. Na época que entrei, foi de expansão. Na minha gestão, foram construídos 67 laboratórios”, contou.
Experiência como vereadora
Para Encarnação, a experiência como vereadora foi muito boa. “Eu vejo que as mulheres precisam participar mais da política. Aprendi muito e ensinei pouco, tive a oportunidade de contribuir com Votuporanga naquilo que faz parte da competência do Legislativo”, afirmou.
Ela recebeu 702 votos na ultima eleição, quantidade que não garantiu sua reeleição. “Eu respeito a vontade da cidade, Votuporanga elegeu quem achou que foi melhor. Cada voto que veio para mim entendeu meu jeito de fazer politica, que é diferente. São daqueles que me entenderam, me conhecem, sabem da minha discrição, das minhas ações e personalidade. Tenho certeza que foram conscientes”, ressaltou.
A vereadora citou o aumento do teto para subvenção social, duplicação da Péricles Belini e os projetos Cidade da criança e Centro de Atendimento a Deficientes (que devem ser consolidados na próxima gestão de Junior Marão) como conquistas.
Tribuna: local sagrado
Encarnação afirmou que a tribuna é um lugar sagrado. “Comparado com uma sala de aula. Deve utilizá-la para falar coisas boas, oferecer soluções. Sempre procurei resolver problemas nos bastidores. A minha forma de fazer politica é essa. A população, embora uma boa parte ainda goste deste tipo de politico, eu acho que tem que ser objetivo. Eu não concordo das pessoas falarem a mesma coisa. Este tipo de critica não leva a nada. Temos que buscar soluções”, destacou.
Trajetória
A entrevistada mora em Votuporanga há 60 anos. “Eu vim criança, com seis aninhos. Estudei em Votuporanga, me formei no Manuel Lobo como professora, fiz a faculdade aqui. Fiz carreira na educação pública, eu já vim como supervisora em Votuporanga”, contou.
Encarnação foi aprovada para delegada de ensino, mas não exerceu o cargo. “Fui a São Paulo, levei projeto, fui entrevistada, só não entrei por questões politicas. Na política, se coloca quem se conhece. Eu não era do meio, eu não conhecia ninguém. Na época, eu perdi e tinha dois mestrados, estava fazendo doutorado e perdi para quem só tinha graduação”, afirmou.