A Santa Casa de Votuporanga já realizou reuniões para debater o déficit do hospital
Leidiane Sabino
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A falta de recursos acabou gerando problemas às Santas Casas e hospitais filantrópicos do Brasil, por isso, eles resolveram se unir com a intenção de chamar a atenção dos governos para as suas principais necessidades. A etapa de hoje é um movimento de sensibilização aos Governos Federal e Estadual, “Tabela SUS, Reajuste Já”, que acontece em boa parte das Instituições Filantrópicas do Estado. Simultaneamente, em todas as cidades, representantes das entidades estarão reunidos com a imprensa, às 10 horas, para explicar e divulgar as ações do movimento.
Os hospitais confeccionaram camisetas pretas com a logomarca da campanha, prepararam materiais de divulgação e farão uma forte mobilização, envolvendo diversos setores da sociedade. O apoio da população é fundamental, já que essas entidades atendem primordialmente a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que não remunera adequadamente os procedimentos.
Além de reivindicar reajusta da tabela de remuneração aos hospitais, a intenção também é discutir e solucionar o endividamento das Santas Casas. “Esta dívida não é do hospital; ela foi causada por que as unidades recebem pouco pelos serviços prestados”, explicou Mário César Homsi Bernades, administrador da Santa Casa de Votuporanga.
Hoje, os funcionários das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, seus convidados e apoiadores do movimento, usarão roupas pretas como forma de despertar a atenção para a causa e mobilizar, envolver toda a comunidade nesta luta.
“A população precisa saber que de cada R$100 que gastamos com atendimento, recebemos apenas R$60 do SUS. Por isso, a gente não consegue honrar com os nossos compromissos. Precisamos unir forças e levar as nossas propostas até os nossos representantes políticos”, ressaltou o administrador da Santa Casa.
Mário contou que este é um movimento pacífico e o atendimento não será prejudicada em nenhum hospital. Cerca de 80 Instituições Filantrópicas já assinaram a anuência ao movimento, estão apoiando e participando das ações. O objetivo é contar com o maior número possível de parceiros, demonstrando união e representatividade do setor na busca de um objetivo comum: pleitear uma remuneração justa pelos serviços prestados e uma solução para o endividamento dos hospitais, ocasionado pela defasagem dos valores da tabela. Além de diversas Santas Casas e hospitais do Estado de São Paulo, a campanha já ganhou a adesão de entidades de Mato Grosso, Minas Gerais e Ceará e continua contando com a inclusão de novos participantes, já que a situação deficitária e os problemas do setor filantrópico são parecidos e compartilhados em todo o Brasil.
“Acredito que reunimos 10 mil leitos do SUS até o momento e conseguiremos despertar a atenção do governo para as necessidades, que são de todos os hospitais”, finalizou Mário.
No dia 26 de novembro, acontecerá uma reunião entre os hospitais envolvidos no movimento, para avaliação das ações desenvolvidas.