A Igreja Matriz – Paróquia Nossa Senhora Aparecida celebra hoje, dia 12, os 36 anos de falecimento do frei Arnaldo Maria de Itaporanga, vítima de um acidente automobilístico no trevo de Nhandeara, quando vinha para Votuporanga participar das festividades da padroeira. O frei foi vigário cooperador da paróquia Nossa Senhora Aparecida por 15 anos, tendo desempenhado um grande trabalho pastoral e cativando os fiéis.
Frei Arnaldo Figueiredo (José Castilho) nasceu em Itaporanga, no dia 4 de abril de 1928. Entrou para o Seminário São Fidélis aos 23 de janeiro de 1946. Vestiu o hábito aos 5 de janeiro de 1949, tendo como mestre, Frei Epifânio Menegazzo. Feito o Noviciado em Taubaté, emitiu a primeira profissão a 8 de janeiro de 1950, perante o comissário geral Frei Caetano de Montebelo. Profissão solene aos 11 de janeiro de 1953, perante Frei Germano Chisté, guardião de Mococa. Nesta cidade fez seus estudos filosóficos, de 1950 a 1952. Teologia em São Paulo, de 1953 a 1956, ali recebendo a primeira tonsura aos 30 de maio de 1953, conferida por Dom Antonio M. Alves de Siqueira. Foi ordenado subdiácono a lº de novembro de 1955. Ordenado sacerdote aos 19 de fevereiro de 1956, concluiu os estudos no final daquele ano.
Seu primeiro campo de apostolado foi Votuporanga, já em janeiro de 1957. Onde conquistou a estima e a amizade da população, sendo bastante querido, especialmente da colônia japonesa. Soube viver intensamente, sempre jovial, alegre, simpatizante dos esportes, especialmente do futebol, e também zeloso no apostolado. Generoso, mão aberta, expansivo, não se deixava prender por muitas normas ou etiquetas. Queria ver todos felizes e alegres; onde estivesse, era sempre o centro das brincadeiras, recordando aventuras dos tempos idos e das “tramas” para fugir à austera disciplina dos rigorosos tempos de estudante.
Em janeiro de 1972, com grande tristeza dos votuporanguenses, foi transferido para Ilha Solteira-SP, onde, igualmente, conquistou os católicos.
Aos 12 de outubro de 1976, quando ia de Ilha Solteira para Votuporanga, a fim de pregar na festa da Senhora Aparecida, seu carro, dirigido por Frei Ludovico Sesso, foi colhido por um ônibus no quilômetro 509 da Rodovia Feliciano S. Cunha, no trevo de Nhandeara. Teve morte instantânea, enquanto Frei Ludovico ainda sobreviveu por algumas semanas.
Mais de cinco mil pessoas participaram do funeral de Frei Arnaldo, quando houve missa concelebrada por inúmeros sacerdotes em Votuporanga, onde foi sepultado a pedido da população. Requerimento da Assembleia Legislativa, n. 1733, de 1976, de autoria de Áureo Ferreira, associou-se às duas comunidades solidarizando-se com elas e reconhecendo em Frei Arnaldo “um verdadeiro samaritano de nosso tempo, que fez do seu sacerdócio uma profissão de entrega total. Soube fazer da filantropia uma responsabilidade consciente durante toda a existência. Homem atualizado com os problemas de nossa época, humanitário por excelência, conseguindo granjear a estima dos que, mesmo não professando a mesma fé, viam nele um exemplo de ser humano”.