Andressa Aoki

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O geriatra Luciano de Oliveira Melo esteve ontem na Rádio Cidade para falar sobre a terceira edição de curso de cuidadores. O Instituto de Geriatria de Votuporanga realiza nos dias 10, 17 e 24 de novembro, a capacitação anual em período integral.

Luciano ressaltou que a qualificação não é apenas para cuidadores, mas para familiares. “Para ser cuidador, não precisa ser enfermeiro e auxiliar. Basta gostar do idoso. O curso mostra as noções básicas. A geriatria é uma medicina a parte”, enfatizou.

Ele destacou a importância de ambientes adequados para a moradia de pessoas com a terceira idade. “Durante o curso, tem uma aula de fisioterapeuta que mostra uma casa virtual. Apresentamos cada cômodo com os cuidados para evitar quedas. São coisas do dia a dia, que a pessoa não para pra pensar, como o tipo de piso, iluminação, tapete e barra lateral. O maior percentual de quedas é dentro de casa, principalmente no banheiro. São dadas várias dicas a respeito disso”, contou. 

O médico frisou que a capacitação reúne 11 profissionais. Nos primeiros socorros, por exemplo, um bombeiro é convidado para esclarecer sobre os primeiros atendimentos.

Depressão

Luciano Melo também falou sobre as doenças emocionais como depressão. “Ela junto com alteração de memoria são as principais causas de procura da Clínica. No curso, a gente fala bastante, não só do idoso, mas do estresse do cuidador. Para o paciente com Alzheimer, exige muito. Se o cuidador não estiver preparado, ele acaba ficando mais doente que o assistido”, disse. O paciente de Alzheimer perde a noção das atividades básicas do dia a dia, como higienização.

Alzheimer

Ele destacou a diferença de Alzheimer e Mal de Parkison. “A primeira é alteração de memória e a segunda, a motora. Alzheimer perde a autonomia e independência e o Parkison reduz a independência”, frisou.

Insônia

A insônia pode se agravar na velhice. “Alguns têm dificuldade de pegar no sono e alguns que de manter-se no sono. Independente da idade, o ideal é dormir 8h por noite. A pessoa que dorme neste período é mais concentrada, tem um raciocínio melhor”, ressaltou. 

Há alguns cuidados para ajudar no sono do idoso, como a temperatura adequada, colchão e iluminação.

Envelhecimento

O geriatra apresentou também algumas consequências do envelhecimento. “É normal diminuir o olfato e o paladar. É mais fácil ter risco de acidentes domésticos, de não perceber que a higiene bucal não é perfeita. O paciente tem sérias modificações físicas normais do envelhecimento. O hipertenso coloca mais sal na comida, assim como o diabético põe mais açúcar”, afirmou.

Inscrições abertas

As inscrições custam R$ 300, com material didático e lanches. Podem ser feitas no Instituto de Geriatria. Os telefones de contato são: (17) 3421-9631 e  9723-3699.