Leidiane Sabino

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Os alunos do sexto e sétimo ano e sétima série do ensino fundamental da Escola Sesi de Votuporanga vão participar do 4º Torneio de Robótica do Sesi-SP, norteado pela FIRST. Este é o terceiro ano que a unidade local faz parte da competição. A equipe, chamada de MegaBots, tem o objetivo de desenvolver um projeto inovador, denominado “Robótica na Terceira Idade”.

Ricardo Conde, professor de Informática Educacional e Robótica, é o técnico da equipe; e a mentora é Isabel Motta.

O tema do torneio desse ano é “Senior Solutions”, cujo foco está voltado para a terceira idade. “Oito alunos, um técnico e um mentor da Escola Sesi de Votuporanga desenvolvem um trabalho que visa proporcionar ao idoso a oportunidade de participar da construção de robôs, se envolver em pesquisas, realizar atividade lúdica, criar novas amizades e interagir com as crianças da escola, semeando e colhendo respeito. Afinal, nossas crianças serão os vovôs e vovós de amanhã”, explicou Ricardo Conde.

Para o desenvolvimento do trabalho, cada equipe precisa de um idoso parceiro. Depois, os estudantes devem encontrar um problema e solucioná-lo, criando algo inovador ou melhorando o que já existe.

“Percebemos que o maior problema do idoso é a solidão, além de todas as doenças que o atinge. Então, pensamos em capacitar o idoso para que ele possa se interagir com a sociedade”, disse Isabel.

Os alunos vão formular uma apostila básica de como utilizar o computador. Vão ensinar os idosos participantes do projeto a usar um computador, o material de lego (que é utilizado na confecção dos robôs do torneio), ensiná-los a usar o básico da internet, montar e programar um robô. Todas as aulas aos idosos serão conduzidas pelos alunos.

“A robótica e a internet podem fazer com que estes idosos se sintam úteis e ainda se comuniquem com outras pessoas. Vai oferecer condições de independência e motivação ao conhecimento”, falou Isabel.

Para a parte teórica do trabalho, os estudantes visitam alguns centros de convivência de idosos da cidade. Agora, eles precisam de aproximadamente seis idosos alfabetizados para o desenvolvimento da parte prática do projeto, que, provavelmente, também vão acompanhar a competição em Araçatuba.

Dos oito alunos participantes, seis vão para a etapa regional, que será em Araçatuba, no final de outubro, avançando, os oito estudantes irão às etapas nacional e internacional, que acontecem no próximo ano.

Para vencer, a equipe precisa comprovar a eficácia do projeto.

Além de tudo isso, os estudantes precisam montar um robô para executar 12 missões. Depois de programado, o robô deve agir sozinho sobre a mesa em dois minutos e meio.

Anualmente, a FIRST promove um torneio de robótica onde crianças do mundo inteiro se mobilizam para participar. Trata-se de um evento que visa inspirar a ciência e tecnologia para despertar o espirito crítico e inovador entre as crianças. “Com este trabalho, os alunos aprendem também a respeitar a opinião do colega e trabalhar as diferenças”, disse a mentora, Isabel.