O médico cardiologista João Anísio Júnior falou ao Jornal A Cidade sobre pressão alta
Leidiane Sabino
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Em 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, por isso, o Jornal A Cidade conversou sobre a doença que pode levar à morte com o médico cardiologista João Anísio Júnior.
A hipertensão arterial sistêmica, conhecida popularmente como pressão alta, é um a das doenças com maior prevalência no mundo, ela caracteriza-se pelo aumento da pressão arterial. Segundo o médico João Anísio Júnior, considera-se hipertenso o individuo que mantém uma pressão arterial acima de 14.9 durante seguidos exames, de acordo com o protocolo médico. Ou seja, uma única medida de pressão não é suficiente para determinar a patologia.
Para prevenir a pressão alta é importante manter uma alimentação saudável, com consumo controlado de sódio (sal), álcool, não fumar e praticar exercício físico.
De acordo com o médico, o diagnóstico da hipertensão é realizado da seguinte forma: “por meio da aferição da pressão em um dos braços do paciente com esfigmomanometro”. Ele disse ainda que a pressão alta é “considerada uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no paciente. Quando esses ocorrem, são vagos e comuns a outras doenças, tais como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjoos, falta de ar e sangramentos nasais”.
O cardiologista ressaltou que com o diagnóstico precoce, o hipertenso pode evitar alterações nos vasos sanguíneos e na musculatura do coração que, com o passar dos anos, estão relacionadas a doenças como Infarto Agudo do Miocárdio, Insuficiência Cardíaca Congestiva, Morte Súbita, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Insuficiência Renal Crônica. “O acompanhamento médico é importante para evitar complicações agudas e tardias como estas citadas”, disse.
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão, o médico destacou:
Idade: aumenta o risco com o aumento da idade;
Sexo: até os 50 anos mais homens que mulheres desenvolvem a hipertensão e após os 50 mais mulheres que os homens;
Etnia: mulheres afrodescendentes têm maior risco de hipertensão que mulheres caucasianas;
Nível socioeconômico: - classe de menor nível econômico tem maior risco de desenvolver hipertensão;
Consumo de sal: quanto maior o consumo maior o risco da doença;
Consumo de álcool: o consumo elevado está associado ao aumento do risco;
Obesidade: a presença de obesidade aumenta o risco de hipertensão;
Sedentarismo.