Paulo Nunes dos Santos, de Araçatuba, explicou que é preciso especificar que tipo de atração oferece
Andressa Aoki
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Para especialistas em turismo, a palavra de ordem para os Conselhos Municipais é a regionalização. O diretor de Turismo de Araçatuba, Paulo Nunes dos Santos, destacou que as cidades precisam desenvolver seus potenciais. "A região tem que saber se é considerada religiosa, náutica ou comercial. Hoje, o que mais se prega é a regionalização, não se faz turismo sozinho. Temos grandes experiências de que o turista visita algumas cidades e passam pelos municípios à sua volta. Você leva para a cidade vizinha e usufrui aquilo que não tem na sua.
Assim, a região cresce", destacou, durante coletiva de imprensa realizada ontem à tarde. O presidente da Amitur (Associação dos Municípios de Interesse Cultural e Turístico), Jarbas Favoretto, contou que a intenção da entidade é visitar 34 municípios em 60 dias. "Queremos a reestruturação dos Conselhos Municipais de Turismo. O intuito é ter a sociedade civil juntamente com representantes da Prefeitura para que possam incentivar o setor. Este trabalho de estímulo deve ser realizado pelos cidadãos", enfatizou.
Ele frisou que algumas mudanças estão previstas. "Conseguimos rever algumas questões, como a lei que proibia a divulgação do Estado nos demais. Foi elaborada uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e isso foi eliminado. Também queremos nova mentalidade com relação à distribuição de repasse. Estou lutando para que haja uma revisão na lei que concede títulos de estâncias", afirmou.
Favoretto disse ainda que existe um projeto de lei na Assembleia para que a cada três anos, seja realizada uma revisão. "Se não está correspondendo, perde-se o título", emendou. Ele ressaltou que muitos acham que ser turística depende de praia. "Vocês possuem um clima quente, uma cidade razoavelmente grande. Fiz uma excursão aqui e me hospedei no Hotel Escola. Visitamos o Facchini, o Senai/Cemad. Não tem Michelangelo, mas há atrativos", disse.
Por sua vez, Luiz Renato Ignanna, da Agência TUR SP, contou que antigamente com a Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo, a maior parte dos recursos era encaminhada para o esporte. "Com uma pasta específica de Turismo, colabora com o orçamento, que segundo o secretário Márcio França, será o maior já visto. A perspectiva é boa, mas também existem projetos com o Bid (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para planejamento turístico que repassa até R$ 500 milhões e alguns Estados não utilizam", explicou.
Ignanna ressaltou que a região possui potencial de turismo rural. "A grande vantagem é que o grande mercado de turistas é o próprio Estado de São Paulo e que vocês não dependem de transporte áereo. Temos uma rede de rodovias de primeiro mundo. Há hoteis de qualidade", disse.
Ele também explicou que o governo irá lançar em março um portal de turismo. "Será trilingue, nos moldes do da África do Sul e Nova Zelândia. Estamos trabalhando arduamente e criando um banco de dados com 280 municípios. Queremos lançar a maior quantia possível", concluiu.
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