Governador Alberto Goldman esteve em Votuporanga para assinar a ordem de serviço para a duplicação
Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Um dia memorável para toda a região Noroeste. O governador Alberto Goldman esteve em Votuporanga ontem para a assinatura da ordem de serviço para as obras de duplicação da rodovia Euclides da Cunha (SP- 320). O Centro de Convenções ficou lotado de pessoas que quiseram fazer parte do momento histórico.
O governador chegou com mais de uma hora de atraso, juntamente com o prefeito Nasser Marão Filho; o secretário dos Transportes, Mauro Guilherme Jardim Arce; o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa e o diretor do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) de São José do Rio Preto e responsável pelo gerenciamento da obra, Natal Takashi Arakawa. Estiveram presentes 26 prefeitos da região.
Goldman destacou que toda a região será beneficiada com a obra, que, segundo ele, é de tamanha importância. "Esta etapa que encerrou hoje (ontem) é a mais difícil, principalmente para uma obra desta envergadura. Tem a fase da elaboração do projeto, da tomada de decisão política de fazê-la e os recursos necessários, para que abra o processo licitatório que é complexo, competitivo e cheio de turbulência, até chegar a ordem de serviço. Foi um caminho difícil. Encerrando nesta fase, a partir de agora, as empresas contratadas irão se instalar no canteiro de obras e começarão a executar a obra", ressaltou. Garantiu que a Euclides não terá pedágio porque será duplicada totalmente com recursos do Estado e que a duplicação de trecho da Péricles Belini (SP-461) está incluída.
Ele afirmou que existia uma pressão natural ao governo para a duplicação da Euclides, mas que a região tinha uma grande vantagem. "O representante da Casa Civil era da região, assim como presidente da Assembleia e o líder de governo. A região era dominante e nós fomos dominados. Os deputados federais e estaduais gostariam de estar presentes, mas não puderam devido a legislação eleitoral", disse. O governador se referiu a Aloysio Nunes, Vaz de Lima e Barros Munhoz. Na época , Vaz de Lima era presidente da Assembleia, mas trocou de cargo com Barros Munhoz, tornando-se líder de governo.
Goldman ressaltou que na primeira etapa serão duplicados trechos da área urbana, o que corresponde a 10% do total da extensão. "É a fase mais cara, porque envolve transposições, passarelas e viadutos", destacou.
Os 191,4 quilômetros da rodovia foram divididos em oito lotes. A empresa Constroeste, de Rio Preto, vai executar dois trechos da obra. O primeiro entre Mirassol e Tanabi e o outro entre os municípios de Tanabi e Cosmorama. A empresa receberá, R$ 77,7 milhões e R$ 77,5 milhões, respectivamente, pelos trabalhos.
A construtora Conter venceu o terceiro lote, entre Cosmorama e Votuporanga, pelo qual vai receber R$ 92,7 milhões. A mesma empresa fará ainda a recuperação do quarto lote entre Votuporanga e Fernandópolis por R$ 87,2 milhões. A Conter ganhou ainda o lote entre os municípios de Estrela d’Oeste e Urânia por R$ 101,6 milhões. Já entre Urânia e Santana da Ponte Pensa, que representa o lote 7 da licitação, a obra será feita pelo consórcio Serveng/S/A
Paulista pelo valor de R$ 73,3 milhões. O último lote - entre Santana da Ponte Pensa a Rubinéia - será feito pelo consórcio Bandeirantes Redram por R$ 71,6 milhões.
O valor inicial orçado pelo Estado para a duplicação da rodovia era de R$ 1,1 bilhão. Além da duplicação, a obra deve contemplar 18 acessos, quatro interseções e 21 retornos. "Colocamos no orçamento deste ano, porque houve um excesso de arrecadação comparada ao previsto. Também há verba para o ano que vem", disse.
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