Paulo Henrique Ganso saiu do Santos para o São Paulo por quase R$ 24 milhões. Cícero fez o caminho inverso “de graça” - em fim de contrato com o Tricolor, aceitou a proposta do Peixe. Juntos, atuaram apenas nas três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro de 2012, pelo time do Morumbi. De lá para cá, muita coisa mudou. E eles voltam a se encontrar amanhã, no Morumbi, pela décima rodada do Paulistão, em situações completamente opostas.
Ganso não consegue uma boa sequência como aquela do primeiro semestre de 2010 pelo Santos, que ainda gera tanta expectativa na torcida tricolor e nos fãs de futebol em geral - a ponto de Maurício Noriega, comentarista do SporTV, indagar: será que ele enganou todo mundo?
Cícero, por sua vez, sempre foi uma espécie de coadjuvante no elenco santista - antes com Neymar e Montillo, agora com Leandro Damião e as estrelas emergentes da base. Em silêncio, porém, continua brilhando como o meia que mais faz gols no futebol nacional - ele foi o quarto na tábua da artilharia do Brasileirão de 2013, com 15 gols, atrás apenas de centroavantes Ederson (Atlético-PR), Hernane (Flamengo) e Dinei (Vitória). E já marcou quatro no Paulistão deste ano, inclusive o da vitória sobre o Atlético Sorocaba, na quinta-feira. Ganso ainda não fez nenhum - e é criticado por Muricy Ramalho por sequer se arriscar nas finalizações a gol.
Cícero é o típico reforço que chega ao time sem gerar muito entusiasmo na torcida, mas depois se torna peça fundamental. Ele acertou com o Peixe no início do ano passado por empréstimo até o fim desta temporada. Ao término do vínculo, os santistas têm a preferência de compra do jogador.
Desde que chegou à Baixada Santista, o meia cresceu gradativamente de produção e atualmente é um dos pilares do time do técnico Oswaldo de Oliveira. Em 2013, foi o artilheiro do Santos, com 24 gols marcados.
Ganso vive um momento oposto no São Paulo. Ele ainda não rendeu o esperado e tem gerado briga entre o clube e a empresa que bancou parte de sua contratação.