Jociano Garofolo
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Os jogadores da Votuporanguense e do Fernandópolis Futebol Clube foram notícia em todo o país ontem devido às cenas de violência da confusão generalizada nos minutos finais do clássico regional do último domingo. A pancadaria teve início após o lateral-direito Eli, do Fefecê, atingir com um soco o rosto do atacante Jairo do CAV. Daí por diante, ninguém mais teve razão em nada.
Segundo a súmula elaborada pelo árbitro Marcio Henrique Gois, conta que aos 87 minutos de bola rolando, ou seja, aos 42 do segundo tempo, após a expulsão do jogador Eli, gerou-se um tumulto generalizado, com agressões físicas envolvendo jogadores que estavam no gramado e atletas do banco de reservas de ambos os times, que invadiram o campo.
Segundo o árbitro, após a intervenção do policiamento presente no estádio e da diretoria das equipes, o incidente foi controlado e assim, a equipe de arbitragem identificou os envolvidos. Ainda de acordo com o que foi relatado com Gois, a aprtida teve de ser encerrada por não haver condições de jogo e falta de segurança.
Membros da imprensa de Fernandópolis afirmaram que diretores do Fefecê saíram de campo alegando que vão entrar com uma representação na Federação Paulista de Futebol, indicando a interdição do Estádio Municipal Plínio Marin, que, segundo eles, não possui segurança. Eles questionaram também a ação da Polícia Militar, que para eles, estava com pouco efetivo e não interviram na briga.
Porém, o trio de arbitragem não relatou em súmula qualquer incidente que aponte falha na segurança do estádio, ou que possa levar à interdição do Plínio Marin, como por exemplo, se tivesse ocorrido a invasão do gramado por torcedores ou objetos arremessados contra os jogadores. Em entrevista após a partida, a Tenente Franciele, responsável pelo policiamento na partida, afirmou que durante todo o jogo, houve apenas um problema envolvendo um torcedor da Alvinegra, no primeiro tempo, que foi devidamente identificado e retirado do Estádio.
Durante a confusão entre os jogadores, a tenente afirmou que os policiais militares que estavam em campo tinham como prioridade zelar pela integridade física do trio de arbitragem ou conter uma possível ameaça de invasão. Ela afirmou também que eles poderiam intervir na briga entre os jogadores se fosse solicitado pela arbitragem, o que não ocorreu. Nenhum caso de violência entre torcidas ou de torcedores com jogadores foi registrado pela polícia.
Lamento
Após a confusão, o técnico China lamentou o ocorrido, que, segundo ele, manchou a imagem da bela atuação da Votuporanguense. "Não há como controlar essas atitudes dos jogadores, mas é lamentável. Se nosso time tivesse feito o terceiro gol, até os 20 minutos do segundo tempo, teríamos matado o jogo e a confusão, quem sabe, não teria acontecido. Mas agora vamos trabalhar. Temos desfalques, mas nosso elenco é bom e temos peças de reposição", afirmou.
Já o atacante Rudimar do Fefecê, um dos poucos jogadores que tentaram conter a briga também reprovou a situação. "A hora que a gente deveria ter colocado a bola no chão e jogar bola, buscar o empate, o time que brigar? Foi feio, algo que ninguém quer assistir. Tinha crianças no estádio e acho que nós jogadores temos que ter maior responsabiliadade", lamentou Rudimar.