Da Redação
O tão sonhado estádio corintiano começou a sair do papel às 8h14 desta segunda-feira, quando foi ligada a primeira máquina no terreno cedido pela prefeitura de São Paulo, em Itaquera. A construção começa depois de cinco meses de atraso, já que a previsão inicial de dirigentes e autoridades políticas para o início das obras era janeiro - e foi postergada seguidas vezes.
No primeiro dia de obras, apenas duas escavadeiras, dois tratores e três caminhões,
com 20 operários, fazem os trabalhos comandados pela construtora Odebrecht. O
maquinário ainda aumentará bastante em breve. Neste período inicial de preparação
do terreno, o número de funcionários deve chegar a 150, podendo alcançar 800
trabalhadores até o fim do ano.
"Os três primeiros meses (de obras) serão de serviços preliminares: limpeza de
terreno, terraplanagem, marcação topográfica, coleta de materiais para fazer ensaios e início dos testes de fundação", explicou o engenheiro civil e gerente operacional da
empresa, Frederico Barbosa, adiantando que a fundação dos prédios deve ter início na segunda quinzena de julho e que trabalha com prazo de entrega para dezembro de 2013, seis meses antes do Mundial.
Como a demanda ainda é pequena, os operários trabalharão em apenas um turno,
cumprindo mínimo de 44 horas semanais (de segunda-feira a sábado), acrescidas de duras horas extras diárias. Por enquanto, a construtora tem utilizado os serviços de uma empresa terceirizada e avisou que emitirá comunicado quando abrir processo de seleção para novos candidatos.
Em caráter provisório, a Odebrecht utilizará como canteiro de obras o espaço que
servia como alojamento para as categorias de base do Corinthians no local. As equipes inferiores do clube (das mais jovens à sub-18) que treinavam em um gramado do terreno passaram a utilizar, há cerca de um mês, o campo Parque São Jorge e a estrutura do Flamengo de Guarulhos.
O orçamento total é estimado em cerca de R$ 650 milhões. Desse valor, o financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deve cobrir R$ 400 milhões. O restante, Corinthians e a construtora devem arrecadar com incentivos fiscais e direitos de nome do estádio. Na fase atual, a expectativa é de que sejam gastos em torno de R$ 30 milhões.