Tenente Lenarduzzi ouviu seis torcedores do CAV sobre suspeita de abusos de abusos policiais
Jociano Garofolo
garofolo@acidadevotuporanga.com.br
O comandante do efetivo da Polícia Militar do município de Tanabi, Tenente Cássio
Lenarduzzi esteve ontem no Posto do Corpo de Bombeiros, em Votuporanga, para
ouvir as versões sobre a abordagem da PM aos torcedores votuporanguenses na
entrada daquela cidade, antes da partida entrre Tanabi EC e CAV, no dia oito de maio. Lenarduzzi veio a pedido do capitão Ivano Pedro Rodrigues Filho, do Batalhão de São José do Rio Preto, que busca apurar se houve excessos no modo de ação dos policiais, que rendeu diversas reclamações. O prefeito Nasser Marão Filho e o vereador Gilmar Aurélio, Gaspar (PTB) enviaram ofício pedindo providências a respeito. Entre os torcedores que foram ouvidos pelo tenente estiveram o presidente da Torcida Uniformizada Raça Alvinegra, André Figueiredo e o secretario municipal de Assistência Social, Osmair Ferrari. Segundo Figueiredo, e comandante da PM pediu informações detalhadas sobre o que aconteceu no dia do jogo, sobre a forma em que a revista pessoal foi feita e se houve ameaças e palavras ofensivas, para que seja feito um relatório dos fatos para o comandando em Rio Preto.
Após o término dos depoimentos, Lernarduzzi afirmou à equipe de reportagem que foi instaurado um processo para apurar a ação dos policiais, que segundo ele, integram a Força Tática de São José do Rio Preto. "Viemos à Votuporanga para avaliar o que aconteceu realmente. Em um prazo de dez dias, será decidido se o caso vai ser arquivado ou se os policiais serão advertidos ou condenados à pagar pena, que pode chegar a reclusão em quartel", disse o tenente.
O comandante da PM de Tanabi afirmou também há um desconhecimento de boa
parte da população sobre as formas de abordagem policial e que elas existem para
prevenir ações criminosas. Lenarduzzi que faltou informação aos torcedores, pois
segundo ele, através de e-mail, o presidente da Tura, André Figueiredo foi alertado de que o ônibus e os torcedores seriam revistados antes de entrar no estádio.
Segundo relatos dos torcedores, os cinco ônibus de Votuporanga foram interceptados pelos policiais militares que obrigaram todos os passageiros, inclusive crianças e idosos, a passar por uma rigorosa revista. Além disso, os milicianos teriam reclamado da necessidade de terem de trabalhar justamente no Dia das Mães, atribuindo aos torcedores a culpa por não poderem “passar o dia com suas famílias”.