Caixa preta com luz negra foi confeccionada pelos colaboradores do Hospital apresentando a eficácia do treinamento
O material foi produzido pelos funcionários do Hospital (Foto: Divulgação/Santa Casa)
Sabe quando a pessoa ama o que faz e não mede esforços para aperfeiçoar ainda mais seu trabalho? Três colaboradores da Santa Casa de Votuporanga tiveram iniciativa e se uniram para uma missão para lá de especial: confeccionar a Caixa da Verdade! O material, utilizado em treinamentos de higienização das mãos foi produzido pelos funcionários do Hospital, com menor custo, visando utilizar em ações educativas.
Com caixa de papelão, tinta preta, luz negra, a criatividade e mãos na massa tomaram conta. A enfermeira clínica Luriely Rocha Tofole com a ajuda do eletricista Osmir Domingos Torres e do nutricionista João Carlos Bragato, desenvolveu a peça: um caixote com luz negra dentro e com aberturas na frente para colocar as mãos e, na parte superior, para observação. “Pensei nesta metodologia para apresentar à nossa equipe as falhas na lavagem das mãos, pois as regiões não iluminadas representam as não higienizadas. O Hospital pedia emprestado para um fornecedor, mas fazia tempo que não recebíamos. Foi quando pesquisei na internet”, contou Luriely.
Da pesquisa para customização. “O João deu a ideia de ser de papelão, pois as caixas de acrílico eram muito caras. Com auxílio do Osmir, conseguimos ligar a lâmpada dentro do caixote. Não temos dúvidas de que nossos treinamentos terão ainda mais êxito com esta simulação”, complementou.
A equipe do Serviço de Nutrição e Dietética do Hospital foi a primeira a utilizar a Caixa da Verdade. “Vocês fazem a manipulação de alimentos e a higienização dos alimentos precisa ser contínua. Esta medida afeta na qualidade da assistência ao paciente e na segurança do colaborador”, disse Luriely.
A enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Vanusa Lopes Cortes Moreira, destacou a importância de lavar as mãos. “É uma das iniciativas simples que garantem aos pacientes e profissionais proteção contra várias doenças. Sempre que sair da cozinha, ir para as alas, é fundamental usar o álcool em gel, para evitar proliferação de bactérias. Alimentos contaminados podem causar diarreia, vomito, alterações no trato intestinal, infecção de urina e demais viroses”, afirmou. Vanusa ensinou as técnicas corretas de higienização.
Durante a dinâmica, foi ensinado aos participantes a maneira correta de higienizar as mãos, conforme o Ministério da Saúde, utilizando solução de álcool 70% e luminol (produto que, quando exposto à luz negra, ilumina as áreas atingidas). “Eles ficam impactados ao verem suas mãos na Caixa da Verdade. O exercício mostrou claramente que a adequada higienização das mãos é um ato necessário no cuidado humano”, disse Vanusa.
Milena Basso Bolpato de Morais, enfermeira especialista em CCIH, ressaltou a iniciativa. “As pessoas se sensibilizam com a metodologia porque percebem o resultado de uma higienização mal feita. Quando retornam na pia ou aplicam o álcool gel notam os locais onde não lavaram corretamente. O projeto vem reforçar nossos treinamentos, disseminando os hábitos”, destacou.
O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana, parabenizou os colaboradores. “Ficamos muito felizes com a motivação dos colaboradores que não medem esforços para realizar seu trabalho da melhor forma possível. Este projeto reflete diretamente na nossa assistência, na segurança de nossos pacientes e, consequentemente, na saúde deles”, finalizou.