Segundo informações do hospital, neste ano já foram realizadas 66 captações de córneas e uma de rins em Votuporanga
Em Votuporanga, o serviço teve início em 2012 e é realizado pela equipe da CIHT (Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes) (Foto: Divulgação/Santa Casa de Votuporanga)
Gabriele Reginaldo
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O número de captações de órgãos na Santa Casa de Votuporanga aumentou nos oito primeiros meses deste ano comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo o hospital, foram realizadas 66 captações de córneas e uma de rins até o momento.
No mesmo período do ano passado, foram 59, sendo 58 de córneas e uma de múltiplos órgãos. Em 2017, foram realizadas 113 captações, sendo 110 de córneas e três de múltiplos órgãos.
Em Votuporanga, o serviço teve início em 2012 e é realizado pela equipe da CIHT (Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes), que realiza periodicamente campanhas em escolas, universidades e comunidade, sobre a importância da doação de órgãos.
Mesmo com a conscientização, a coordenadora de enfermagem da CIHT da Santa Casa, Kelly Almeida, explicou que existe a dificuldade do consentimento pelos familiares para a doação do órgão/tecido. Ela ressaltou que a dificuldade não é apenas da cidade, mas, sim, nacional.
“A autorização é feita por familiar de 1º ou 2º grau de parentesco do possível doador, com assinatura de termo específico da Secretaria Estadual de Transplantes. Quanto maior o número de captação de órgãos e tecidos realizado, maior também é a possibilidade de um desses órgãos serem doados para um dos moradores de Votuporanga, pois todos os municípios da região fazem parte da mesma central de transplante, podendo assim ajudar pessoas que lutam por uma oportunidade de salvarem as suas vidas”, explicou.
A coordenadora de enfermagem da CIHT ainda afirmou que a Santa Casa de Votuporanga não realiza doação entre vivos. “Portanto, pode ser doador em Votuporanga pacientes entre 02 à 80 anos com óbito por parada cardiorrespiratória ou morte encefálica que a família autorize a doação. Após o óbito, a equipe do hospital procura a família para informar sobre a doação e solicitar autorização. Em caso positivo, realiza-se o procedimento de retirada de órgãos/tecidos e são encaminhados à OPO (Organização de Procura de Órgãos de São José do Rio Preto)”, informou Kelly Almeida.