Andressa Aoki
andressa@acidadevotuporanga.com.br
Votuporanga, São José do Rio Preto, Botucatu, Itupeva e São Carlos sediam o
programa de Desenvolvimento Infantil, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. Em Votuporanga, o programa tem a parceria da Prefeitura e Unifev. O diagnóstico do projeto apontou que Votuporanga apresenta melhor performance. "Tem 81 indicadores de parâmetro. O município que mostrou melhor atuação foi Votuporanga.
O ponto de partida do programa é superior. A cidade para chegar no patamar votuporanguense terá que trabalhar muito", disse o diretor superintendente da Fundação, Marcos Kisil.
Um grupo de consultores entrevistou os profissionais e coletou informações sistematizadas para o chamado "marco zero". Entre os pontos favoráveis a Votuporanga estão 100% de acesso de grávidas a pré-natal, com quantidade de seis a sete consultas. "As gestantes realizam pelo menos dois ultrassons", completou.
Kisil também apontou melhorias desde o começo do programa, em 2009. "Ontem
(terça-feira) conversando com pediatras e ginecologistas da Santa Casa, notamos que algumas coisas mudaram, como o simples fato de discutir o pré-natal em postos de saúde, além de realizar um trabalho com os municípios vizinhos", destacou.
O projeto da Fundação tem como objetivo melhorar o atendimento e cuidado que a criança de zero a 3 anos recebe. "Votuporanga já recebeu cinco oficinas de trabalho quando apresentamos as ferramentas técnicas que podem ser introduzidas no município. A cidade percebe uma série de coisas que poderia fazer e põe na ativa", ressaltou.
Um dos pontos que poderão ser melhorados de acordo com o diagnóstico é a
participação de pais no pré-natal. "A afetividade se desenvolve dentro do útero da
mãe e o profissional de saúde deve incentivar que o pai esteja presente nas consultas", afirmou. Os benefícios são muitos com ação. "A neurociência aponta que em alguns momentos, você pode estimular a criança para ser uma pessoa mais afetiva e dócil. O importante é pai e mãe como responsáveis pela afetividade. O filho tem que resultar de um ato de amor. A presença do pai na consulta traz estabilidade emocional para a mãe, que reflete na criança", enfatizou.
O diretor superintendente da Fundação pretende desenvolver um banco de dados para as crianças, com todos os serviços prestados em prontuário, das secretarias de Educação, Cultura e Turismo, Saúde e Assistência Social. "Para harmonizar o
atendimento. Vale ressaltar que o projeto é esforço de governo e não de apenas uma secretaria", disse Kisil.
O presidente do programa em Votuporanga, Egmar Marão, se prontificou a transmitir a ideia para o prefeito Nasser Marão Filho. A coordenadora do projeto, Luzia Figueira, falou sobre a importância da ação. "Os profissionais são reeditores. No
momento, já temos 900 pessoas que participaram. A informação segue em cadeia.
Espero que os envolvidos reflitam o sistema de desenvolvimento infantil e mude o
comportamento", finalizou Luzia.