Atleta jogou pelo Flamengo e seu nome está cravado em uma lista que tem Romário, Bebeto e Zico; pelo Brasileirão, atuou contra os grandes paulistas
Alex Pelicer
Quem conta sua trajetória na coluna “Memórias Esportiva” esta semana é João Roberto Cavalcanti da Silva, mais conhecido como ‘Radar’. Quem colocou o apelido em Silva foi o ex-goleiro da Seleção Brasileira, Valdir Peres, devido a sua agilidade e rapidez. Após passar por dezenas clubes, Radar deixou os gramados em 1988 em decorrência de um problema na perna direita.
“Olha, se não fosse este problema, estaria jogando bola até hoje. Mas já que não posso estar em campo, assisto qualquer partida. É só ver uma bola rolando que eu passo a acompanhar o jogo”, diz Radar.
Sua trajetória começou no time de base da Votuporanguense. Em 1973, o centroavante se mudou para Campinas, onde passou a jogar na categoria de base da Ponte Preta. No ano seguinte, foi para a Portuguesa e, após uma curta temporada, mudou de time e estado.
Radar passou a defender as cores do Rio Verde de Goiás, onde permaneceu por três anos.
De Goiás para Rio
Em 1978, Radar foi contratado pelo Flamengo e logo caiu nas graças de uma das maiores torcidas do futebol brasileiro. “Em uma única partida, contra o Bangu, no estádio Moça Bonita, marquei quatro gols”.
Neste ano, o centroavante foi o artilheiro do Fla. Seu nome está cravado até hoje em uma lista que tem grandes nomes como Romário, Bebeto e Zico.
Pelo Brasileirão, jogou contra os grandes paulistas – São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians. E contra o Timão, Radar deixou sua marcar. Além do gol, foi eleito o melhor jogador em campo. Foram 21 partidas, sendo 14 vitórias, cinco empates e duas derrotas.
De volta a São Paulo
Do Flamengo, Radar seguiu para a Ferroviária de Araraquara, em 1979. Defendeu o time araraquarense até o começo de 1983, quando o centroavante deixou o Brasil e cruzou o oceano Atlântico e foi balançar as redes na terra de Cabral.
Silva defendeu o time Penafiel no campeonato português. “Me adaptei bem ao futebol português. Os jogos eram mais raça e pouca técnica. Fiz vários gols naquela temporada, mas meu time não foi campeão”.
De Portugal, Radar fez uma curta temporada na Espanha e logo retornou ao Brasil.
Após passar por mais de 20 clubes, Radar ‘pendurou suas chuteiras’ de forma majestosa como sua carreia. O centroavante foi, mais uma vez, campeão e artilheiro pelo Corumbaense, em 1988.