Escola Estadual Professora Uzenir Coelho Zeitune (A Cidade)
Daniel Castro
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Para destacar seu posicionamento contra a volta às aulas presenciais, a Apeoesp (Apeoesp Sindicato dos Professores e Ensino Oficial do Estado de São Paulo) realizará hoje carretas em diversas cidades de SP. Por conta da situação em que Votuporanga se encontra em relação à pandemia, a Apeoesp local preferiu não realizar o movimento, no entanto o Sindicato reforça o seu posicionamento contrário ao retorno do ensino presencial.
De acordo com a sede da Apeoesp na capital, 7 de julho é o “dia estadual de carretas, buzinações e faixaços”. “Vamos colocar a educação no centro do debate da pandemia. Não aceitamos planos precipitados de volta às aulas presenciais. É preciso lutar por todas as vidas”, diz o Sindicato.
O coordenador da subsede da Apeoesp em Votuporanga, José Vanderlei Corsini, explicou ao A Cidade que seria incoerente realizar carreta no município, já que a cidade tem registrado muitos casos nos últimos dias e é alta a ocupação de leitos na Santa Casa. “Mas a nossa postura é a mesma: contra o retorno. Sabemos que as aulas presenciais são essenciais, porém que esse retorno seja feito com segurança para crianças, adolescentes, professores e toda a comunidade”, falou.
No final do mês passado, governador do Estado de São Paulo, João Doria, anunciou a retomada das aulas para 8 de setembro, o que não agradou a Apeoesp. Vanderlei entende que não há mínimas condições para o retorno, a não ser que nesse período surja uma mudança, como uma vacina ou um medicamento eficaz.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação, na primeira de três etapas, as salas terão ocupação máxima de 35%, com revezamento de estudantes durante a semana e sob rígidos protocolos de segurança definidos no Plano São Paulo de indicadores de saúde. No entanto, ainda conforme o Estado, o cronograma de reabertura das escolas está diretamente condicionado às fases de flexibilização do Plano São Paulo. A retomada das aulas presenciais só vai acontecer se todas as regiões do estado permanecerem na etapa amarela – a terceira menos restritiva segundo critérios de capacidade hospitalar e progressão da pandemia – por 28 dias consecutivos.