O deputado federal Geninho Zuliani, do DEM, concedeu ontem uma entrevista ao vivo à rádio Cidade FM
Deputado federal Geninho Zuliani, do DEM (Assessoria de imprensa)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O deputado federal Geninho Zuliani (DEM), um dos representantes da região no Congresso Nacional, concedeu ontem uma entrevista à Cidade FM para falar sobre o Marco Legal do Saneamento Básico, projeto aprovado essa semana no Senado. Geninho foi o relator da iniciativa que, segundo o Ministério da Economia, pode atrair mais de R$ 500 bilhões em investimentos para o Brasil e gerar mais de 700 mil empregos.
O texto, segundo o deputado, facilita as parcerias entre o setor privado e público na área de saneamento e modifica os modelos atuais de contratos referentes à gestão de água e esgotos nos municípios brasileiros, o que pode pôr um fim nos problemas de abastecimento de água e falta de tratamento de esgoto no país.
“O estado que represento está bem resolvido nesse sentido graças a Sabesp e a autarquias sérias como a Saev em Votuporanga, mas em outras localidades no Brasil a realidade é bem diferente. Mais de 50% dos brasileiros não tem esgoto tratado, 1/3 não têm água potável encanada dentro de casa. O Brasil tem investido R$ 10 bilhões por ano em saneamento e nesse ritmo levaríamos mais 50 anos para atender toda a população. Com parcerias privadas poderemos resolver isso em um tempo infinitamente menor”, explicou.
Ainda segundo o deputado, essa proposta é o que poderá auxiliar o Brasil a sair da atual crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus. “Principalmente com geração de novos empregos, poderá ser um dos instrumentos que pós-pandemia que vai trazer investimentos, obras para poder alavancar o mercado brasileiro", completou Geninho.
Política
O deputado, no entanto, não poderia passar pela emissora sem falar de política. Ele disse ser contrário ao adiamento das eleições deste ano. O Congresso aprovou nesta semana as datas de 15 e 29 de novembro para as eleições de primeiro e segundo turnos. Ele e seu companheiro de partido e presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disseram que a Câmara dos Deputados não tem votos suficientes para a aprovação.
“Nada é certo sobre essa pandemia. Não se sabe se estamos vivendo agora o pico ou se ele será no próximo mês ou até mesmo se em novembro a situação estará melhor ou pior. O certo é nos organizar, talvez ampliar o horário de votação, separar por ordem alfabética para evitar aglomerações”, afirmou.
Sobre a situação de seu partido, Zuliani reiterou que o DEM, trabalha para que, a exemplo do governo de São Paulo, as chapas para concorrer às eleições municipais sejam formadas pela dobradinha PSDB e DEM. Todavia, garante que os diretórios locais têm autonomia para formar com lideranças de outros partidos, “desde que não sejam de extremo”, concluiu.