Sete candidatos fizeram uma carta aberta aos órgãos de imprensa e à população de Votuporanga sobre a eleição
A eleição do Conselho Tutelar de Votuporanga virou polêmica e candidatos vão ao MP (Foto: Prefeitura de Votuporanga)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Por meio de uma carta aberta aos órgãos de imprensa e à população de Votuporanga, sete pessoas que foram candidatas ao cargo de conselheiro tutelar na eleição que ocorreu no último domingo denunciaram irregularidades no pleito. Eles provocarão o Ministério Público para que outra eleição seja realizada.
A carta é assinada por Adriana Cristina de Jesus Rosa, Érica Regina Preto Rodrigues, Francisco Machado Faria Bezerra da Silva, Janete Pereira Martins, José Roberto Garcia (Beto), Paulo César Carrilho e Rosa Helena Ruiz. “Todos nós que assinamos esta missiva pública participamos como candidatos do pleito para o preenchimento das cinco vagas ao Conselho Tutelar de Votuporanga, ‘eleição’ que transcorreu neste domingo último, dia 06 de outubro”, diz o texto.
Eles não concordam com os “inúmeros indícios de irregularidades que acabaram por contaminar o resultado da eleição”: efetivo e indiscriminado movimento de transporte de eleitores por parte de alguns candidatos; denunciação pública de compra de votos; vinculação de alguns candidatos ao sistema Municipal de Assistência Social.
A carta aponta ainda falta de transparência na apuração; falta de lógica e de transparência no sistema montado para o exercício do voto, com o cadastramento em um ambiente e o local de votação em outro, o que, em tese, poderia ter produzido reprodução das senhas de votação (tickets coloridos), já que o eleitor transitou pelas instalações de posse dele e até notícias de que alguns o receberam, mas em virtude do tumulto na fila de votação, foram recomendados a voltar mais tarde, já com a emissão da autorização de voto em mãos, para posterior votação. “Diante de todos esses indícios de irregularidades, decidimos não reconhecer o resultado do pleito apresentado na noite de 6 de outubro, assim como exigirmos das autoridades responsáveis a apuração rígida de todos esses indícios de ocorrências que transformaram o pleito democrático em um aparente mar de ilegalidades praticadas por alguns candidatos e suas campanhas”.
A carta diz ainda que “pautados pela nossa conduta legítima e dentro das regras do processo democrático de escolha pedimos ao povo de Votuporanga que nos ajude na reinvindicação às autoridades responsáveis pelo processo, da devida transparência e verificação de todos esses indícios apontados”. “Buscaremos, então, por via legal, esta fiscalização e transparência devida que nos foi sonegada no dia do pleito. Contamos com o apoio do povo de Votuporanga nesta busca”.