Equipes de combate às endemias têm agido proativamente para conter os focos do Aedes Aegypti; população deve permanecer engajada para a prevenção do vetor
Equipes de combate às endemias têm agido proativamente para conter os focos do Aedes Aegypti
Mais de 1,1 mil municípios brasileiros estão com alto índice de infestação pelo Aedes aegypti, vetor de dengue, zika e chikungunya. Isso significa que 22% das cidades pesquisadas têm altas chances de enfrentar surtos dessas doenças e as ações de combate precisam ser intensificadas. Os dados são do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa) e foram divulgados pelo Ministério da Saúde na última semana.
Ao todo, 5.191 cidades realizaram algum tipo de monitoramento neste sentido. Na região Noroeste Paulista, Votuporanga não aparece como cidade de risco de surto, ao contrário de outros 21 municípios. No entanto, a Secretária Municipal de Saúde, Márcia Reina, reitera que a cidade permanece em estado de alerta e destaca a importância de todos os cidadãos colaborarem e evitarem acúmulo de lixo e água parada.
“Nosso mapeamento do LIRAa é feito de forma constante e indica a permanente necessidade de ações de prevenção contra a dengue, zika e chikungunya, o que está sendo cumprido pelo município”, destaca.
Márcia Reina destaca que a população deve combater o Aedes durante o ano todo e de modo ininterrupto. “Nossas equipes de combate às endemias estão agindo proativamente buscando as estratégias desde o início, no foco dos criadouros. E para isso o envolvimento dos moradores deve ser intensificado para que os casos sejam mantidos sob controle”.
Em Votuporanga, as larvas do Aedes foram encontradas em sua maioria em depósitos formados pelos bebedouros de animais mal lavados e em vasinhos de plantas.
Em 2018, até o momento, foram contabilizados 142 casos de dengue no município, dois casos positivos de chikungunya e nenhum registro de zika vírus.
Em abril, o resultado do LIRAa em Votuporanga ficou em 2.3. Para chegar a esse número, os agentes de saúde visitaram 2.147 imóveis para a coleta de informações de 20 mil imóveis e encaminharam esses dados ao Ministério da Saúde.
O LIRAa é um método que identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito Aedes Aegypti e quais os tipos de criadouros predominantes. Com esses dados, os municípios terão melhores condições de fazer o planejamento das estratégias de combate e controle do vetor.
O levantamento é dividido em satisfatório - quando menos de 1% dos imóveis tem infestação de Aedes, alerta - entre 1% e 3,9% têm infestação do mosquito; e risco de surto - quando mais de 4% dos imóveis têm infestação.