Daniel Castro
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De acordo com dados da Secretaria da Saúde de Votuporanga, em 2017 foram coletadas 1.395 amostras em cães, sendo 135 com diagnóstico positivo para leishmaniose. Já em humanos, a doença acometeu três pessoas e uma delas evoluiu a óbito.
Ainda conforme a pasta, o primeiro caso humano de leishmaniose tegumentar americana foi registrado este ano e, em decorrência de outros problemas de saúde associados ao histórico do paciente, a pessoa morreu. A Secretaria explica que o paciente não morreu em decorrência da leishmaniose, já que a doença não é o motivo primeiro do óbito, uma vez que outros problemas de saúde foram associados ao seu histórico. As ações de Vigilância com a notificação e o manejo ambiental no entorno do caso foram realizados conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.
Para o controle da doença no município, além da coleta de rotina do sangue dos animais, a Vigilância em Saúde atende as notificações para coleta de sangue, orienta a população sobre o manejo ambiental, realiza castrações, pulverização e, por fim, a eutanásia. “Todas essas ações planejadas pela Secretaria da Saúde no controle da proliferação do mosquito palha são criteriosamente aplicadas em conformidade com protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde”, esclareceu.
Prevenção
A transmissão da doença em humanos acontece quando a fêmea do mosquito, conhecido como palha pica o cão infectado e, posteriormente, o indivíduo. Algumas recomendações são necessárias para combater o inseto: manter casa e quintal sempre limpos; não criar galinhas e porcos em área urbana; recolher constantemente folhas de árvores, fezes de animais e restos de madeira, pois esses materiais acumulam umidade e favorecem a criação do mosquito palha; embalar o lixo corretamente; recolher o lixo dos terrenos baldios perto da casa; instalar tela com malha 70 nas portas e janelas de casa; evitar que o cão durma dentro da residência, mantê-lo sempre no quintal; encoleirar o cão (impregnada com deltametrina 4%); adotar a posse responsável do animal, não permitindo que ele fique solto nas ruas.
Leishmaniose
A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele (única ou várias lesões), com fundo granuloso e purulento, bordas avermelhadas, que aumentam de tamanho e demoram a cicatrizar. Elas também podem surgir nas mucosas do nariz, da boca e da garganta, sendo indolores ou não.