Região
Câmara arquiva pedido de impeachment contra prefeito e secretário de Cardoso
O processo foi cercado de polêmicas, principalmente após a apresentação de um laudo pericial que apontava supostas fraudes, o que tirou a credibilidade da denúncia na visão da maioria dos vereadores
publicado em 08/02/2024
Vereadores arquivaram, por seis votos a dois, o pedido de impeachment contra o prefeito Tucura e seu secretário Luiz Gustavo (Foto: Redes sociais)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
A Câmara Municipal de Cardoso arquivou na noite de anteontem, por seis votos a dois, o pedido de impeachment que tramitava na Casa de Leis contra o prefeito de Cardoso Jair César Nattes, o Tucura (PSD), e seu secretário de Administração, Luiz Gustavo Canteras. O processo foi cercado de polêmicas, principalmente após a apresentação de um laudo pericial que apontava supostas fraudes, o que tirou a credibilidade da denúncia na visão da maioria dos vereadores.
Para entender, no início deste ano o advogado Luís Paulo Bednarski e o professor João Batista de Souza Júnior protocolaram junto ao Legislativo local um pedido de impeachment de Tucura e Luiz, sob a acusação de que ambos teriam recebido recursos ilícitos para “caixa 2” de campanha, de uma empresa que prestou serviços de pavimentação no município. Toda a denúncia é fundamentada em um áudio gravado por terceiros onde, segundo os denunciantes, o prefeito e depois seu secretário conversavam com o representante da empresa sobre as supostas vantagens ilícitas.
Acontece que o secretário de Administração, Luiz Gustavo Canteras, e seus advogados, Hery Kattwinkel e Natália Bifaroni, protocolaram junto à Câmara um laudo pericial que atesta que a voz no áudio em questão não é de Luiz, e no que diz respeito às falas do prefeito, apresentam sinais de edição ou adulteração. Este fato, na visão da maioria dos vereadores de Cardoso, foi o suficiente para que o processo fosse arquivado.
“Aqui está bem claro, a perícia já falou que é falso e o que manda é documento, não vem com conversa fiada, porque o que manda é documento. Sou contra a denúncia e contra quem fez a denúncia, pois ela é falsa, e contra quem fez a denúncia na política agora em outubro”, disse o vereador Célio Aparecido dos Reis, o Celinho da Formiga (PP).
A sessão foi acompanhada por centenas de pessoas, o que causou certo tumulto. De um lado, opositores pediam o prosseguimento da denúncia enquanto do outro, os manifestantes pró-governo gritavam “deixa o homem trabalhar”.
Em meio às manifestações dos vereadores e gritos de quem acompanhava a sessão, o presidente da Câmara de Cardoso colocou o requerimento de abertura de impeachment em votação. Votaram a favor do recebimento da denúncia os vereadores Fabrício Souza Públio (PTB) e Alex Mendes Borges (PL).
Já os contrários foram: Amarildo Soares Santana (União Brasil), Antônia Maria Pires Guimarães do Amaral (União Brasil), Célio Aparecido dos Reis (PP), João Carlos Roldão (PP), Jucelino de Souza (PSD) e Luiz Carlos de Souza (PSD).
“Dedico esta conquista à minha família, que tem sido meu porto seguro; aos amigos verdadeiros; aos servidores e secretários, que são companheiros de luta; aos meus advogados, que foram guerreiros incansáveis; ao prefeito Tucura, que também esteve comigo nesta grande luta; e ao povo de Cardoso, que me apoiou na batalha da verdade contra a mentira, da honra contra a perseguição e da fé contra a difamação. Sou humano e nem tudo é perfeito, mas sou grato, pois a justiça venceu a injustiça”, disse o secretário Luiz Gustavo após a votação.
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