Criminosos usavam redes sociais, vídeos e contas bancárias de terceiros para dar aparência de legalidade
Criminosos usavam redes sociais, vídeos e contas bancárias de terceiros para dar aparência de legalidade (Foto: Divulgação)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Álvares Florence, esclareceu um golpe sofisticado praticado por uma organização criminosa que utilizava anúncios falsos de veículos em redes sociais para enganar vítimas na região. A quadrilha era bem estruturada e com divisões claras de tarefas para enganar as vítimas.
As investigações começaram quando uma das vítimas relatou que visualizou um anúncio no Facebook oferecendo um veículo VW/Gol, cor branca, ano 2004, pelo valor de R$ 8.500,00. Após demonstrar interesse, manteve contato com o suposto anunciante, que informou que o carro pertenceria a um conhecido, orientando a vítima a conversar diretamente com o alegado proprietário para acertar os detalhes da negociação.
Durante as tratativas, o falso proprietário afirmou residir na cidade de Rio Claro/SP e garantiu que traria o veículo até Votuporanga para concretizar a venda e receber o pagamento. Dias depois, a vítima recebeu mensagens informando que o carro já estava a caminho, porém teria apresentado defeito mecânico no trajeto.
Para dar veracidade à história, os golpistas chegaram a encaminhar um vídeo do veículo supostamente parado na estrada. Ainda segundo o relato, foi informado que o automóvel seria levado a uma oficina na cidade de Catanduva/SP.
Sob esse pretexto, os criminosos passaram a solicitar valores para cobrir despesas de conserto, combustível e pensão. Acreditando na negociação, a vítima desembolsou a quantia de R$ 4.039,00, que, segundo os golpistas, seria abatida do valor final do veículo.
O carro, no entanto, jamais foi entregue, tampouco o dinheiro devolvido, configurando o golpe. Após a comunicação do crime, a equipe da Delegacia de Polícia de Álvares Florence iniciou diligências e, por meio de trabalho de inteligência policial, conseguiu identificar todos os integrantes da organização criminosa.
As investigações revelaram uma divisão estruturada de tarefas: alguns integrantes eram responsáveis pela criação dos anúncios falsos nas redes sociais, outros faziam o contato direto com as vítimas, enquanto uma terceira parte do grupo cuidava da abertura e utilização de contas bancárias destinadas a receber os valores obtidos de forma ilícita.
A Polícia Civil destaca que as investigações prosseguem para aprofundar a responsabilização penal dos envolvidos e identificar possíveis outras vítimas do mesmo esquema criminoso.